MORTE EM CANOAS. Soldado reage à tentativa de assalto - ZERO HORA 11/04/2012
Ao parar o carro para deixar a mulher em frente a uma festa na noite de ontem, no centro de Canoas, um soldado do 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi abordado por dois assaltantes. Munido de uma arma particular, ele reagiu à abordagem e matou um dos bandidos.
O nome do policial foi preservado pela Brigada Militar, mas o subcomandante do 15º BPM, major César Adriano Patrício, confirmou que ele pertence ao grupo e que estava fora do horário de serviço. O soldado e a mulher estavam em um Corolla preto na Rua Doutor Barcelos, por volta das 21h30min, quando foram abordados antes de ele estacionar para ir à inauguração de uma loja. Um dos bandidos teria tentado roubar o relógio do soldado, quando houve a reação.
– Ele queria levar o carro e disse “já vai passando o relógio”. Neste tempo, o soldado conseguiu pegar a arma – descreve o major.
Os dois disparos acertaram Felipe Silveira Moraes, 20 anos, que, conforme informações do major, teria ameaçado o soldado com um revólver calibre 38. Moraes morreu no local, e outro assaltante, não identificado, conseguiu fugir. A polícia fez buscas pela região mas, até as 23h de ontem, não o havia encontrado. O registro da ocorrência foi feito pelo soldado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Canoas.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
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