WANDERLEY SOARES, O SUL
Porto Alegre, Quinta-feira, 19 de Abril de 2012.
Os carros distribuídos para as cúpulas são viaturas que deveriam estar sob permanente controle, até mesmo para proteger as cúpulas. E, é claro, o bolso do contribuinte compulsório.
Os aparelhos GPS, se instalados em todas as viaturas das organizações policiais, inclusive nas discretas e nas utilizadas pelos seus comandantes e por seus familiares mais diretos, possibilitariam um inter-relacionamento da maior qualidade com a sociedade, que se sentiria mais segura ao mesmo tempo em que, para as próprias autoridades, seria uma rede protetora. Com tal equipamento, as viaturas ficariam sob controle pleno de uma central.
Sob um outro aspecto, que em grandes organizações, como é o caso do complexo da segurança pública, estaria fora de cogitação, por exemplo, escapadas não explicadas até um galeto na Serra ou um peixinho no Litoral, isso para falar apenas em programas inocentes.
Esses radinhos que funcionam precariamente nas viaturas das polícias de há muita estão sucateados e emperram as atividades tanto do policiamento ostensivo como judiciário, coisa que se estende para o sistema penitenciário e Instituto Geral de Perícias.
Mas será que há interesse em controlar as atividades de todas as viaturas da segurança pública? A sociedade, com máxima certeza, está interessada nisso.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
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