WANDERLEY SOARES, O SUL, 30/03/2012
Pior salário
A ASSTBM (Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar) está retomando a campanha por melhores salários para os servidores de nível médio. Unida a outras treze entidades do RS, tem espalhado faixas de protesto por todo o Estado para marcar a campanha pela verticalidade salarial. Hoje, às 14h, na colônia de férias da entidade, na praia de Cidreira, haverá o início da Copa Tiradentes, com várias autoridades do comando-geral da Brigada Militar, momento em que o presidente da entidade, Aparício Santellano, fará a abertura oficial desse movimento estendendo uma faixa de 4 metros com a mensagem: "Governador, cumpra o prometido. Chega de migalhas. Verticalidade já. PM do RS: O pior salário do Brasil".
Júri para policiais
A Primeira Vara Criminal de Gravataí aceitou denúncia contra doze pessoas envolvidas no episódio da morte de um refém e de um policial militar em dezembro do ano passado. Entre os denunciados estão dois delegados e um investigador do Paraná, além de um delegado gaúcho. Os policiais civis paranaenses foram denunciados pela morte do sargento Ariel da Silva. O delegado gaúcho foi denunciado pela morte do agricultor Lírio Persch, refém dos sequestradores. Outras oito pessoas apontadas como participantes do sequestro tiveram prisão preventiva decretada. Ao aceitar a denúncia, a Justiça transfere o próximo segmento do imbróglio para o Tribunal do Júri. Ninguém, portanto, está condenado.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 30 de março de 2012
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