A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
segunda-feira, 26 de março de 2012
HOMEM MORRE APÓS SER IMOBILIZADO POR TASER DA PM DE SC
Homem morre após ser imobilizado com pistola taser da PM em SC. Mulher chamou a polícia durante discussão com o marido, que teria usado entorpecente. Jaqueline Falcão - O GLOBO, 26/03/12 - 12h12
SÃO PAULO - Um homem de 33 anos morreu na madrugada deste domingo, em Florianópolis, depois de ser imobilizado por uma pistola taser, que dá choques, usada pela Polícia Militar. Carlos Meldola, de 33 anos, chegou a ser socorrido por uma equipe de emergência do Samu, mas não resistiu.
De acordo com a Polícia Militar, a mulher de Meldola acionou a PM porque ele estava agitado, sob efeito de entorpecentes, e durante uma discussão ameaçou se jogar da sacada da residência, localizada na Praia dos Ingleses. Por volta das 2h, a PM chegou ao local, constatou que Meldola estava alterado e aparentava ter usado drogas. A PM afirma que o homem tentou se jogar e foi imobilizado com a pistola taser. Ele caiu, então, do lado de dentro da casa. Os policiais perceberam que Meldola estava desacordado e chamaram o Samu.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a morte a aguarda os laudos periciais para identificar a causa da morte. A pistola taser foi apreendida. A mulher dele deverá prestar depoimento, assim como os PMs que atenderam o chamado.
Em Sydney, na Austrália, um estudante paulista foi morto por policiais com pistolas taser, na semana passada, dia 19. Os agentes suspeitavam que o brasileiro roubara um pacote de biscoito em uma loja de conveniência. Como o jovem não teria parado, os policiais usaram as armas que dão choque e acabaram matando-o. Os amigos de Roberto, no entanto, dizem ele foi confundido com o ladrão e que o caso se parece com o de Jean Charles de Menezes, morto por engano em 2005, em Londres.
O corpo de Roberto Laudísio Curti, de 21 anos, só deve chegar ao Brasil daqui duas semanas.
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