Cabo da PM é morto em hospital no Engenho de Dentro. Agentes da Divisão de Homicídios em frente ao hospital Agentes da Divisão de Homicídios em frente ao hospital. Athos Moura - O Globo, EXTRA, 28/03/12 07:36
Um cabo da Polícia Militar foi assassinado a tiros durante um assalto, no final da noite desta terça-feira, num hospital particular no Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio. Por volta das 23h30m, Luiz Cláudio de Souza Menezes, de 42 anos, foi atingido por tiros de pistola - um deles acertou sua cabeça - após um bandido o ter rendido e pedido o seu cordão. O criminoso viu a arma do policial e, apesar de ele ter entregado a joia e não ter reagido, o bandido atirou contra o militar. Em seguida fugiu de moto com um cúmplice.
O PM, que há um mês estava lotado no 27º BPM (Santa Cruz), tinha ido ao Hospital Memorial, na Rua José dos Reis, buscar sua sócia. Ambos possuíam uma loja de doces no Centro. O hospital possui uma entrada gradeada e um jardim, só em seguida o paciente tem acesso ao saguão.
Luiz Cláudio estacionou seu carro um pouco distante da entrada do hospital e seguiu a pé. O bandido o rendeu bem na porta que dá acesso ao saguão. Segundo testemunhas, quando o criminoso fez o PM levantar os braços para entregar o cordão, a arma do policial fez volume sobre a camisa e parte dela apareceu. O ladrão disparou diversas vezes.
A vítima chegou a ser levada com vida para a emergência da própria unidade de saúde, mas não resistiu. Há 16 anos na Polícia Militar, o cabo Menezes, como era conhecido, seria promovido a sargento em abril.
A investigação será conduzida pela Divisão de Homicídios. Funcionários do Hospital Memorial contaram que a unidade possui câmeras de seguranças, e que as imagens serão entregues à polícia.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quarta-feira, 28 de março de 2012
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