A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quinta-feira, 8 de março de 2012
ESFORÇO INÚTIL, RETRABALHO E RISCO DE MORTE
DIVULGAR AS FICHAS E BENEFÍCIOS DADOS À BANDIDAGEM - Jorge Bengochea
Delegados de Polícia e Oficiais das Polícias Militares poderiam organizar bancos de dados e indicadores para serem divulgados quando ocorrer a inutilidade do esforço de seus comandados nas ações policiais contra o crime.
Está na hora de mostrar à sociedade brasileiro que "segurança pública é um conjunto de ações e processos administrativos (Executivo), jurídicos (Legislativo) e judiciais (Judiciário). Cada poder tem funções que interagem, complementam e dão continuidade ao esforço do outro na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Depende da harmonia entre os poderes, das ligações entre os instrumentos de coação, justiça e cidadania e do comprometimento dos agentes públicos. O objetivo é a Paz Social (ordem pública) a ser preservada."
Seria bom divulgar quantas vezes eles (bandidos) são detidos pela polícia, quanto tempo ficam na cadeia e quantas vezes foram soltos beneficiados por benevolências legais e judiciais. Além disto, deve-se denunciar as causas da superlotação, insegurança, descontrole, a ociosidade, a falta de tratamento das dependências e insalubridade prisional, bem como a incapacidade e as violações de direitos humanos dentro das casas prisionais e institutos para menores que impedem a ressocialização de apenados e infratores. Os veículos de comunicação e as mídias sociais se encarregariam de divulgar com a arte adequada para melhor entendimento dos brasileiros.
As forças policiais deveriam começar a denunciar o retrabalho policial para rebater aqueles "policiólogos" que gostam de colocar a culpa da insegurança nas polícias, ao invés de debaterem a inutilidade do esforço policial diante das leis benevolentes e da falta de continuidade na justiça e na execução penal. Estes "entendidos" em segurança pública, apoiados por parlamentares interessados no desmonte do aparato policial, esquecem que a atividade policial envolve segmentos investigativos, periciais e ostensivos, é também função essencial à justiça e pertence a um SISTEMA DE JUSTIÇA CRIMINAL, como ocorre em países mais desenvolvidos.
Se todos os Delegados e Oficiais da ativa começarem a seguir os exemplos do Del Juliano Ferreira e do TC Sérgio Lemos Simões que, indignados, denunciaram estas mazelas, os Poderes e a sociedade começariam a enxergar a segurança pública com outros olhos.
PARA LEMBRAR:
Delegado Juliano Ferreira - http://mazelaspoliciais.blogspot.com/2012/03/esforco-inutil-ocorrem-prisoes-mas-os.html
TC Sérgio Lemos Simões - http://www.bengochea.com.br/detent.php?idg=164
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