ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

terça-feira, 20 de março de 2012

ARMA DE CHOQUE MATA BRASILEIRO EM SYDNEY, AUSTRÁLIA

SYDNEY. Polícia mata brasileiro com arma de choque - ZERO HORA 20/03/2012

Em perseguição a suspeito de furto, agentes dispararam pistola Taser contra estudante
Sem camisa, de mãos vazias e gritando por ajuda, o estudante brasileiro Roberto Laudisio, 21 anos, foi perseguido por seis policiais em uma rua central de Sydney e morto por uma pistola de choque usada para imobilizar potenciais agressores. O caso, que gerou polêmica na Austrália pelo suposto abuso desse tipo de arma, lembra o assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por engano, em 2005, numa operação antiterror em Londres.

Cercado pelos agentes, Laudisio foi alvo de pelo menos quatro disparos de uma Taser (pistola de eletrochoque), mesmo tendo caído quando atingido na primeira vez. A necropsia só deverá ser concluída hoje, mas já se investiga se houve excesso por parte das forças policiais.

Segundo a imprensa australiana, 30 minutos antes da morte houve um furto a um pacote de biscoitos em uma loja de conveniência. Laudisio teria sido considerado suspeito pela polícia e tentado fugir. A perseguição foi gravada por câmeras de segurança de um café, e as imagens exibidas em uma TV do país.

Testemunhas que estavam na rua no horário do acidente relataram que o brasileiro estava sem camisa durante a perseguição.

– Parecia apenas bêbado. Ele tentava correr, mas suas calças estavam caindo – relatou uma delas.

Os policiais derrubaram o jovem na frente de um café na Pitt Street e, logo na sequência, o atingiram com a Taser. Outra testemunha contou:

– Ele apenas gritava por socorro, imobilizado pelos policiais. Foi aí que ouvi três ou quatro disparos a mais.

Um dos disparos teria ocorrido quando o jovem já estaria desmaiado. A polícia instituiu uma sindicância interna para apurar o que aconteceu.

Roberto Laudisio havia morado em São Paulo e estudado na PUC-SP e Faap, mas na Austrália estava estudando inglês desde o ano passado.

Segundo amigos, o brasileiro foi visto pela última vez na noite de sábado na rua King. Sua irmã, que também mora em Sydney, percebeu que ele não havia voltado para casa. O Itamaraty informou estar acompanhando as investigações.

Protesto está previsto para amanhã em Sydney

Os amigos da vítima dizem que Laudisio foi confundido com o ladrão. Conforme o jornal O Globo, o produtor de eventos Daniel Silva, 31 anos, amigo do estudante que também vive na cidade, questiona o motivo pelo qual a polícia australiana não teria divulgado as imagens de dentro da loja que poderiam provar que o brasileiro não roubou o produto.

Uma passeata em Sydney está prevista para amanhã, conforme o jornal O Globo, para protestar contra a morte do brasileiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário