Oficiais e delegados querem dobrar de salário, mas Tarso oferece aumento entre 8,8% a 10,5% - POLÍBIO BRAGA ONLINE, 5 e 6/10/2011
Neste sábado os delegados de Polícia do RS e no dia 19 os oficiais da Brigada Militar, tirarão diretrizes para prensar o governo do sr. Tarso Genro.
O que querem ?
- Os delegados querem equiparação de salários (R$ 7 mil iniciais) com os ocupantes de carreiras jurídicas, como é o caso de procuradores da Procuradoria Geral do Estado (R$ 16 mil iniciais).
- Os oficiais da Brigada Militar, buscam apoiar os delegados e casar seus salários com os deles.
O presidente da Associação dos Oficiais, José Riccardi Guimarães, já avisou:
- Tarso fez promessas na sua sede, durante a campanha eleitoral, e agora queremos que cumpra o que prometeu.
Oficiais e delegados não queimam pneus, mas o ambiente na Polícia Civil e na Brigada é de descontentamento, desconfiança e disposição para o confronto.
A idéia não é ficar protestando pelo Facebook.
Eles sabem que graças a verdadeiros motins, policiais e brigadianos assustaram o governo e o obrigaram a resolver rapidamente as demandas salariais.
- O governo não fará equiparação alguma, mas garantirá um índice de aumento que ficará entre o que foi oferecido aos Procuradores do Estado (8,8%) e aos Sargentos, Subtenentes e Tenentes (10,5%). Tal reajuste será pago em duas parcelas: uma em janeiro e a outra em abril de 2012. Isto foi o que revelou nesta sexta o comandante da Brigada ao pessoal da Associação dos Oficiais.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - O certo é que os Delegados e Oficiais da BM não querem dobar os salários, só querem receber o mesmo tratamento dado aos Promotores Públicos e Procuradores, cujos cargos iniciais adquiridos no concurso recebem salários maiores do que os Delegados e Oficiais da BM do último nível da carreira com mais de 25 anos de carreira e cursos especializantes e de graduação. Isto é uma discriminação que valoriza uns e deprecia aqueles que estão na linha de frente e arriscam a vida nas questões de ordem pública.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sábado, 5 de novembro de 2011
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