A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
BUROCRACIA DA MARINHA IMPEDE BM FISCALIZAR GUAÍBA
Falta de licença da Marinha impede lancha da Brigada Militar de fiscalizar águas do Guaíba. Embarcação que custou R$ 372 mil está atracada no cais do porto da Capital há quase dois meses. José Luís Costa, ZERO HORA, 02/11/2011 | 03h11min
Comprada com recursos do governo federal para a Brigada Militar fiscalizar as águas do Guaíba, uma lancha que custou R$ 372 mil está atracada no cais do porto da Capital há quase dois meses sem condições de navegar. As operações com a embarcação naufragaram na burocracia. Motivo: falta licença da Marinha.
Onovo modelo de policiamento ostensivo vinha sendo idealizado desde o ano passado, visando, entre outras práticas, a melhoria dos serviços para a Copa de 2014. Há expectativa de que embarcações de turistas possam ancorar no Guaíba. A ideia de adquirir uma lancha surgiu com a dificuldade de capturar bandidos que assaltavam bancos e carros-fortes em cidades vizinhas a rios como Triunfo e Barra do Ribeiro e Tapes, próximo à Lagoa dos Patos.
Suspeitas levam a BM a acreditar que quadrilhas escapavam por meio de barcos, seguindo em direção à Região Metropolitana pelo Guaíba. A presença de PMs nas águas também tende a inibir o transporte fluvial de drogas, de peças de carros roubados e o abigeato, entre outros crimes, além de facilitar ações em pontos de difícil acesso por terra às ilhas do Guaíba e ajudar a Defesa Civil em períodos de enchentes.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública aprovou o projeto, enviando o dinheiro para compra da lancha fabricada pela empresa Comatra, de Porto Alegre, especializada nesse tipo de veículo.
À espera de autorização
Com capacidade para 12 pessoas, pintada nas cores da BM, equipada com radiocomunicador, sinalizadores sonoro e luminoso, a lancha de 7m60cm de comprimento, semelhante às usadas por guardas costeiros dos Estados Unidos, ganhou o nome de Baronesa do Gravataí e foi entregue, oficialmente, em 13 de setembro ao 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM) – unidade responsável pelo policiamento da área central de Porto Alegre e da região das ilhas do Guaíba.
Oito PMs receberam treinamento na delegacia da Capitania dos Portos na Capital para pilotar a embarcação oficial, e um passeio de apresentação foi realizado naquele dia, mas a lancha voltou para o cais, junto ao pavilhão do Grupo de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, onde está parada até hoje. Entraves burocráticos – a transferência da posse da lancha do Estado para a BM – atrasaram a tramitação da documentação necessária para a Marinha conceder a licença de navegação.
Enquanto a lancha está impedida de navegar, dois PMs do 9º BPM se deslocam diariamente até o cais. Limpam a embarcação e colocam o motor em funcionamento para evitar algum dano.
Contraponto - O que diz o major Jorge Renato Maia, comandante interino do 9º Batalhão de Polícia Militar: - “Encaminhamos a documentação para a obtenção da licença para a embarcação à Capitania dos Portos na semana passada. A licença demora em torno de 10 dias para ser emitida. A lancha é como um automóvel, e também precisa de licença para operar. Também nesses casos, existem trâmites burocráticos que precisam ser observados. Acreditamos que a licença esteja em fase final de emissão.”
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