CORREIO DO POVO, 29/11/2011
Os agentes da Polícia Civil querem a verticalidade nos salários.
Segundo o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, a categoria não admite que só delegados tenham equiparação com os procuradores.
"Se os delegados ganharem a equiparação e nós não, no outro dia entramos em greve", disse Ortiz, que quer agendar reunião esta semana com Carlos Pestana, chefe da Casa Civil.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Todos os segmentos das forças policiais do RS e do Brasil devem ser valorizadas e motivadas por salários justos, sem a disparidade abissal que hoje separa delegados e oficiais PM de promotores públicos, procuradores e juízes, ou entre policiais e servidores do congresso, legislativo estadual, ministério público estadual e judiciário estadual. Está na hora de corrigir estas distorções sem puxar para baixo, mas de elevação em níveis das categorias mais privilegiadas. Aliá, "puxar-para-baixo" é uma estratégia que só favorece ao Governante que não quer pagar salários justos aos seus servidores.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
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