A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
DELEGADOS DO RS REJEITAM PROPOSTA E ENTREGAM CARTA AO GOVERNO
SEGURANÇA - JORNAL DO COMERCIO - 08/11/2011
Wilson Müller Rodrigues afirmou que o clima entre a categoria no Estado é de revolta
A Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) entregou ontem uma carta ao governo estadual rejeitando a proposta de 10% de aumento salarial apresentada pelo Poder Executivo. No documento, os delegados pediram equiparação salarial com os procuradores do Estado, que, segundo a associação, têm salário inicial superior em mais de duas vezes ao dos delegados em começo de carreira - cerca de R$ 7 mil.
No Palácio Piratini, o grupo foi recebido pelo chefe da Casa Civil, Carlos Pestana. O secretário disse aos delegados que o governo permanece aberto ao diálogo. Pestana pediu compreensão da associação e afirmou que, no segundo semestre de 2012, os resultados da arrecadação estadual poderão favorecer a uma retomada das discussões sobre a pauta da categoria.
O presidente da Asdep, Wilson Müller Rodrigues, disse que o clima entre os delegados da Polícia Civil é de revolta. Rodrigues criticou a forma com que o governo Tarso Genro vem negociando com a categoria. "Rejeitamos a proposta do governo porque ela não atende a nossa reivindicação, que é a equiparação com os procuradores do Estado", comentou. Em nota oficial, o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm) disse que reconhece a legitimidade da reivindicação salarial dos delegados e manifestou apoio a mobilização. Os agentes policiais têm indicativo de greve aprovado para março de 2012.
Na assembleia realizada no sábado, os delegados rejeitaram a proposta de aumento salarial de 10% apresentada pelo governo do Estado. A categoria também decidiu por uma série de ações de protesto como o boicote a operações, a suspensão das aulas na Academia de Polícia (Acadepol) e a entrega dos cargos de confiança ao governo estadual. Na sexta-feira passada, o governo estadual ofereceu um aumento de 10% sobre os vencimentos básicos dos delegados de polícia, pagos em duas parcelas - a primeira em janeiro de 2012 e a segunda em abril do mesmo ano.
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