A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
EXTORSÕES - CHEFE DE POLÍCIA LACRA DELEGACIA
Delegacia é lacrada por ordem do chefe de Polícia. Supostas extorsões a empresários e prefeituras estão sendo investigadas - O DIA ONLINE, 14/02/2011
Rio - Quarenta e oito horas depois de a Operação Guilhotina, da Polícia Federal, fazer uma devassa na Polícia Civil e prender 38 pessoas, entre elas o ex-subchefe de Polícia Civil, Carlos Oliveira, ontem foi a vez da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais (Draco-IE) entrar no foco. O chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, determinou que a especializada fosse lacrada para a apuração de supostas denúncias de extorsão.
Duas equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estão de plantão na porta da Draco, na Gamboa, de onde ninguém sai ou entra, para evitar que qualquer documento seja retirado. Às 8h de hoje, equipe da Corregedoria Interna (Coinpol) fará buscas na sede da delegacia.
A crise na Segurança Pública do Rio, desta vez, atravessou a esfera da Polícia Civil e esbarrou na Secretaria de Segurança Pública (Seseg), já que o diretor da Draco, Claudio Ferraz, é homem de confiança do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame e, esta semana, será nomeado diretor da Contra-Inteligência da Secretaria.
Desde a semana passada, a Draco não pertence mais aos quadros da Polícia Civil. Em Diário Oficial, foi publicado que a delegacia ficaria sob a responsabilidade da Seseg e colaboraria com a Corregedoria Geral Unificada (CGU) nas investigações de desvios de conduta de servidores públicos.
SECRETÁRIO FOI AVISADO
Para agir, Turnowski primeiro avisou a Beltrame que iria lacrar o cartório da delegacia. O secretário decidiu cancelar a viagem que faria hoje. Nem ele, nem Turnowski e nem Ferraz comentaram o caso.
Hoje de manhã, Ferraz, que não foi comunicado pelo chefe de Polícia sobre a decisão de lacrar a Draco, vai à Corregedoria Interna. Sob o comando de Ferraz, a Draco foi responsável pela prisão de mais de 700 milicianos, em sua maioria, policiais civis e militares.
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