Chefe da Polícia Civil de SP cobra ação dos vigilantes de rua - Folha Online, 09/02/2011
Ao falar ontem sobre o assalto à casa do secretário de Transportes e Logística do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, o delegado-geral da Polícia Civil de SP, Marcos Carneiro Lima, afirmou à Rádio Jovem Pan que "somente a polícia não consegue resolver problema dessa envergadura".
E mais: disse ainda que os vigias de rua precisam ter participação mais efetiva na segurança pública.
"Se eles [vigilantes] recebem dinheiro desses moradores para fazer uma segurança, ela tem de ser efetiva, e não apenas, como vimos várias vezes, cabines abandonadas, vigilantes que não estão fazendo o serviço adequado. Isso é importante que seja cobrado da polícia, mas também a participação de toda a população", afirmou.
O assalto a casa do secretário aconteceu na noite da última segunda-feira, quando quatro homens armados invadiram o local e levaram R$ 4.500 em dinheiro. Os criminosos também roubaram dois celulares --um particular e um da secretaria--, quatro laptops, joias femininas, um revólver calibre 38 e uma pistola 380.
O delegado-geral disse que, a partir de agora, a polícia irá cadastrar e fiscalizar os vigilantes de rua autônomos da capital. A intenção é criar um banco de dados para que os cidadãos possam saber quem é contratado.
Vigias autônomos não podem andar armados --só os contratados de empresas de segurança particular autorizadas pela Polícia Federal.
Ele também anunciou que policiais serão destacados especialmente para coletar impressões digitais em cenas de crimes. Na casa de Saulo, a polícia não conseguiu coletar impressões digitais dos criminosos porque o local já havia sido alterado.
Além de três cabines de vigilantes, a rua é monitorada pela Prodefence Monitoramento Residencial e Empresarial, que pertencia ao delegado Clóvis Ferreira de Araújo. Procurada, Rejane Zachello, atual dona, não falou.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário