ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

OS REPETIDORES DE TARSO GENRO

O SUL, Porto Alegre, Quarta-feira, 13 de Novembro de 2013.




WANDERLEY SOARES


Quando se espera de Michels cinco palavras, ele não passa de quatro


Sobre a falta de confiabilidade, ora explosiva, ora latente, da sociedade em relação à segurança pública, há alguns pontos bastante emblemáticos, alguns inclusive de economia interna mal administrada. Nós temos, aqui no Rio Grande, um promotor de Justiça como secretário da Segurança, que é homem de discrição extrema, quase silente. Quando se espera de Michels cinco palavras, ele não passa de quatro. Trata-se de um cidadão de partido, assim como o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes. Ambos, portanto, são repetidores do governador Tarso Genro. Tanto é assim que sendo especialista em Política Penitenciária, nesse campo, além de remendos em algumas casas prisionais e o aproveitamento das tornozeleiras do governo Yeda Crusius, tudo o mais são promessas belas, mas escorregadias, improváveis, inclusive sobre o esvaziamento do Presídio Central. Aliás, o RS, por pura falta de iniciativa, já devolveu à União pouco mais de 18 milhões de reais que deveriam ser aplicados no sistema penitenciário. Promessas fazem parte de um plano sólido de segurança pública? Creio que não. Sigam-me


Promoções


Entendo que os critérios de promoções numa corporação de tamanha importância, como é o caso da Brigada Militar, deveriam estar vinculados a todo o Projeto de Segurança do Estado (se projeto existisse). Não me parece que isso aconteça no atual governo, pois tais promoções sempre dão motivo a debates internos que só não explodem como escândalos devido aos regulamentos da caserna, que são imperiais e impiedosos. Agora mesmo, o Executivo está pronto para enviar à Assembleia Legislativa, sempre submissa, novas regras para as promoções de fim de ano, uma nova virada da mesa. O objetivo é o de que o governador possa promover 70% por merecimento (critérios subjetivos) e 30% por tempo de serviço. Com essa nova jogada, o governo estará solidificando seu Plano Estadual de Segurança (não sei se ele existe) ou estabelecendo novos polos para evitar que algum aventureiro(a) tenha alguma pretensão de desbancar os senhores do Piratini? É assim que se garante a segurança de todos os cidadãos? Creio que assim é que se garante a segurança profissional e política de alguns cidadãos. E fica por aí. No entanto, é a segurança que nos é oferecida, silenciosamente

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