IMPRUDÊNCIA
Padre pede desculpas a policiais. Autuado por dirigir embriagado, religioso se negou a fazer teste do bafômetro em Lajeado
MARIELISE FERREIRA
Depois de ser flagrado dirigindo embriagado, um padre de Lajeado pediu desculpas ontem aos policiais rodoviários federais que o autuaram na noite de segunda-feira. Além de se negar a fazer o teste do bafômetro, ele teria ameaçado excomungar os policiais.
Ofato aconteceu às 23h, na rodovia Canoas-Lajeado (BR-386), no Vale do Taquari. Os policiais deslocavam-se em uma viatura pela rodovia, quando viram sinais de luz vindos do Gol dirigido por Benjamin Borsato, 59 anos. Pensando tratar-se de uma pessoa que estava em situação de emergência, os policiais abriram caminho, indo para o acostamento. Assim que o Gol passou, os agentes avaliaram que o motorista dirigia de forma imprudente. Seguiram o carro por quatro quilômetros até pará-lo.
– Ele estava visivelmente embriagado, negou-se a realizar o teste de teor alcoólico e falou com a gente em termos impróprios até para uma pessoa de média instrução, quem dirá para um religioso – conta o chefe da 4ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, Leandro Wachholz.
O padre teria ameaçado excomungar os policiais. Ao verificar os documentos do motorista no sistema, os agentes descobriram que ele teria passado pela mesma situação em 2004, em Arvorezinha, quando se envolveu em acidente e teve a embriaguez atestada por um médico.
Ao retirar a carteira de habilitação que havia sido apreendida, na tarde de ontem, o padre pediu desculpas aos policiais. Envergonhado, ele agradeceu ao chefe da 4ª Delegacia da PRF pela intervenção e disse que poderia ter ocorrido uma situação pior. Contou que, na segunda-feira, esteve no aniversário de uma irmã e bebeu. Para retirar a habilitação, ele precisou fazer o teste de bafômetro para provar que estava em situação normal.
Caso chegou à Mitra de Santa Cruz do Sul
O motorista foi autuado em flagrante por dirigir embriagado, multado em R$ 957 e vai responder a processo administrativo. Poderá ter a carteira suspensa. O caso repercutiu na Mitra Diocesana, dona do veículo dirigido pelo religioso. Conforme o padre Roque Hammes, assessor do bispado da Mitra Diocesana de Santa Cruz do Sul, o bispo deve conversar com o padre.
– O padre é um cidadão que se enquadra nas mesmas leis que todas as pessoas. Quanto aos policiais, podem ficar tranquilos que não estão excomungados, eles só fizeram o trabalho deles – salientou.
Contraponto
O que diz o padre Benjamin Borsato: Não tenho problemas com alcoolismo, mas fui no aniversário da minha irmã e aconteceu. Estas coisas acontecem, quantos andam na estrada assim. Eu estava lúcido e não xinguei os policiais, nem excomunguei. Se entenderam assim, foi má interpretação deles. Não quis fazer o teste do bafômetro porque estava vindo de uma festa, sabia que ia aparecer no exame.
Padre pede desculpas a policiais. Autuado por dirigir embriagado, religioso se negou a fazer teste do bafômetro em Lajeado
MARIELISE FERREIRA
Depois de ser flagrado dirigindo embriagado, um padre de Lajeado pediu desculpas ontem aos policiais rodoviários federais que o autuaram na noite de segunda-feira. Além de se negar a fazer o teste do bafômetro, ele teria ameaçado excomungar os policiais.
Ofato aconteceu às 23h, na rodovia Canoas-Lajeado (BR-386), no Vale do Taquari. Os policiais deslocavam-se em uma viatura pela rodovia, quando viram sinais de luz vindos do Gol dirigido por Benjamin Borsato, 59 anos. Pensando tratar-se de uma pessoa que estava em situação de emergência, os policiais abriram caminho, indo para o acostamento. Assim que o Gol passou, os agentes avaliaram que o motorista dirigia de forma imprudente. Seguiram o carro por quatro quilômetros até pará-lo.
– Ele estava visivelmente embriagado, negou-se a realizar o teste de teor alcoólico e falou com a gente em termos impróprios até para uma pessoa de média instrução, quem dirá para um religioso – conta o chefe da 4ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, Leandro Wachholz.
O padre teria ameaçado excomungar os policiais. Ao verificar os documentos do motorista no sistema, os agentes descobriram que ele teria passado pela mesma situação em 2004, em Arvorezinha, quando se envolveu em acidente e teve a embriaguez atestada por um médico.
Ao retirar a carteira de habilitação que havia sido apreendida, na tarde de ontem, o padre pediu desculpas aos policiais. Envergonhado, ele agradeceu ao chefe da 4ª Delegacia da PRF pela intervenção e disse que poderia ter ocorrido uma situação pior. Contou que, na segunda-feira, esteve no aniversário de uma irmã e bebeu. Para retirar a habilitação, ele precisou fazer o teste de bafômetro para provar que estava em situação normal.
Caso chegou à Mitra de Santa Cruz do Sul
O motorista foi autuado em flagrante por dirigir embriagado, multado em R$ 957 e vai responder a processo administrativo. Poderá ter a carteira suspensa. O caso repercutiu na Mitra Diocesana, dona do veículo dirigido pelo religioso. Conforme o padre Roque Hammes, assessor do bispado da Mitra Diocesana de Santa Cruz do Sul, o bispo deve conversar com o padre.
– O padre é um cidadão que se enquadra nas mesmas leis que todas as pessoas. Quanto aos policiais, podem ficar tranquilos que não estão excomungados, eles só fizeram o trabalho deles – salientou.
Contraponto
O que diz o padre Benjamin Borsato: Não tenho problemas com alcoolismo, mas fui no aniversário da minha irmã e aconteceu. Estas coisas acontecem, quantos andam na estrada assim. Eu estava lúcido e não xinguei os policiais, nem excomunguei. Se entenderam assim, foi má interpretação deles. Não quis fazer o teste do bafômetro porque estava vindo de uma festa, sabia que ia aparecer no exame.
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