Em menos de um mês no cargo, diretora da PRF tem CNH apreendida. Maria Alice Nascimento Souza acumulou 30 pontos na carteira de motorista - Correio do Povo, 25/04/2011
Com menos de um mês à frente do cargo, a diretora em exercício da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Maria Alice Nascimento Souza, teve de dar satisfações ao Ministério da Justiça, à qual é subordinada, sobre a suspensão de sua carteira de habilitação pelo Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná, por ter acumulado 30 pontos relativos a infrações de trânsito. O Ministério se deu por satisfeito, mas o episódio, se não a derrubou, não a ajuda a se manter no cargo.
Pela assessoria, o ministério informou que Alice foi designada diretora interina em 28 de março passado, após a queda do inspetor Hélio Derenne, até a escolha do novo titular, que ainda não está definida. A punição do Detran paranaense, conforme reportagem divulgada em uma emissora de TV, foi por conta de infrações cometidas entre dezembro de 2008 e dezembro de 2010. A medida comporta recurso porque a pontuação tem validade de apenas um ano, a partir da data da infração.
Em nota à imprensa, Alice explicou que o veículo multado é de uso de toda a família e que a suspensão não lhe cria obstáculos ao exercício do cargo. O Ministério informou que a punição a Maria Alice é um episódio de natureza pessoal, sobre o qual só cabe a ela dar explicações e ratificou que o fato não afeta sua condição de diretora interina.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
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