ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

terça-feira, 5 de abril de 2011

POLICIAIS CIVIS DO DF DEBATEM SALÁRIOS E NOVO PLANO DE CARREIRA

Policiais civis se reúnem com representantes do GDF por reestruturação - Antonio Temóteo e Luiz Calcagno - CORREIO BRAZILIENSE, 05/04/2011

Representantes da Polícia Civil e do Governo do Distrito Federal debatem hoje o projeto de reestruturação trabalhista. Além de um novo plano de carreira, a categoria reivindica um aumento salarial de 26%, dividido em cinco parcelas a serem pagas em três anos. As possíveis alterações na estrutura da corporação serão enviadas como proposta ao governo federal. Participarão das discussões técnicos da Secretaria de Administração e da Secretaria de Governo. Ontem, os agentes estiveram reunidos em assembleia, realizada no Parque da Cidade, e conseguiram a primeira reunião do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) com representantes do governo local desde o início da paralisação. O encontro abriu um canal de comunicação entre o movimento e o Executivo.

O deputado distrital e presidente do Sinpol, Wellington Luiz (PSC), revelou otimismo após o encontro, ocorrido no Palácio do Buriti. “A reunião foi bastante positiva. Acredito que poderemos progredir. Será possível negociar até onde o governo puder avançar e nós pudermos ceder”, afirmou. Uma nova assembleia para definir os
rumos do movimento está marcada para amanhã, às 15h, em frente ao Palácio do Buriti.

Direitos

O secretário de Segurança Pública do DF, Daniel Lorenz, também participou da reunião. Ele se mostrou preocupado com a greve, mas também considerou a primeira conversa positiva. Segundo ele, o debate “serviu para baixar a tensão e acalmar os ânimos. Precisamos conduzir isso com calma para garantir o direito de greve da categoria e o de segurança da população”, comentou.

A Polícia Civil está de braços cruzados desde 31 de março. Uma liminar do Tribunal de Justiça do DF determinou a suspensão do movimento e a aplicação de uma multa diária de R$ 50 mil caso a ordem seja descumprida. No entanto, a categoria considerou legítima a paralisação e decidiu manter a greve. Qualquer mudança nos vencimentos da Polícia Civil do DF depende de aprovação do Congresso Nacional e da presidência da República por meio de projeto de lei ou de medida provisória. O dinheiro sai do Fundo Constitucional, sob responsabilidade da União.

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