ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

POLICIAIS CIVIS "FANTASMAS"


‘Fantasmas’ da DAS estão na mira da Corregedoria. Vinte agentes receberiam salários sem trabalhar na Divisão Antissequestro. Um deles, inclusive, estaria morando nos EUA - POR CHRISTINA NASCIMENTO - 11/04/2011

Rio - A Corregedoria da Polícia Civil (Coinpol) instaurou sindicância há cerca de 15 dias e investiga policiais da Divisão Antissequestro (DAS) que estariam recebendo salário sem aparecer para trabalhar. Numa lista de 20 supostos ‘fantasmas’, há o caso de um investigador que estaria, inclusive, morando e trabalhando em Miami, nos EUA, há três anos. Há ainda um servidor que, apesar de ser auxiliar de necropsia, está fazendo plantão na DAS.

Segundo o corregedor da Polícia Civil, delegado Gilson Emiliano, na denúncia há informações de que o agente que reside nos EUA estaria recebendo seu ponto para assinar por Sedex ( serviço de entrega dos Correios). Fora do país, ele dá aula de jiu-jítsu.

“Já pedimos para a Polícia Federal (PF) as entradas e saídas dele do Brasil, a fim de fazermos um comparativo com sua escala de trabalho. Na folha de ponto da DAS, ele aparece de férias nos meses de janeiro e fevereiro. Estamos apurando se essa informação é, de fato, verdadeira. A investigação deve durar 60 dias”, explicou Emiliano.

O auxiliar de necropsia teria conseguido lotação na DAS por ter parentesco com um ex-chefe de Polícia Civil. A denúncia que chegou à Corregedoria indica ainda que alguns servidores, além de não comparecer para trabalhar, ainda pagam para constar na lista de ‘fantasmas’ e manter outras funções durante o período em que deveriam cumprir o expediente.

Ao ver escala, delegado constata que policiais estavam sem trabalhar

A suspeita de ‘fantasmas’ na DAS surgiu em janeiro, após o secretário de Segurança Pública e Cidadania de Maricá, delegado Alexandre Neto (alvo de atentado em 2007), receber autorização da Secretaria de Segurança Pública do Rio para aumentar sua escolta, que é feita pela Antissequestro, de dois para três policiais.

A decisão de aumentar o número foi autorizada após a polícia receber denúncia de que ele sofreria novo atentado.

Diante das dificuldades que a DAS apresentou para ceder um dos seus policiais, o delegado foi à unidade e, ao pedir escala de plantão, constatou, com ajuda de outros servidores da unidade, que havia vários policiais que não compareciam para trabalhar há algum tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário