ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

BUROCRATA - LISTA DE PROCURADOS TEM 2.700 MORTOS E 3 MIL "PRESCRITOS"


Jornal: SP tem 2.700 mortos na lista de procurados da polícia - FOLHA ONLINE, TERRA, 16/05/2011

Para tentar separar quem está vivo de quem está morto em sua lista de procurados, a Polícia Civil de São Paulo está fazendo uma espécie de auditoria nos mandados de prisão, de acordo com o jornal Folha de São Paulo desta segunda. A Divisão de Capturas da polícia já achou mais de 2.700 mortos e cerca de 3.000 "prescritos" na lista dos 152 mil procurados do Estado.

A publicação cita o exemplo do médico Emílio Conti, 104 anos, que consta como procurado da Justiça no banco de dados da polícia. Existem dois mandados de prisão contra ele e, em tese, todos os policiais civis e militares paulistas têm ordem judicial para procurá-lo e prendê-lo. Segundo o jornal, Conti morreu em 30 de abril de 1968, aos 61 anos, mas continua vivo para os policiais em razão do falho e desatualizado sistema de informações judiciais de procurados.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - UM SISTEMA QUE CONTINUA FUNCIONANDO COM BASE DO PAPEL SÓ PODE DAR NISSO. Imagine uma organização com poucos delegados para presidir as autuações e depoimentos, efetivos reduzidos para investigar, falta de peritos operacionais para agilizar as provas e poucas condições de trabalho para desenvolver a atividade fim, tendo que formalizar volumes e mais volumes para uma peça arcaica e anacrônica denominada inquérito policial, quando importam o relatório e as provas, sendo que as demais peças dos autos são refeitas em juízo. Ainda deve restar tempo para ir para a rua investigar os demais crimes que a crescente demanda diária coloca nas mesas das autoridades policiais. Já está na hora de mudar a postura morosa, o sistema criminal inoperante e a forma amarrada e burocrata de apresentar o delito e a investigação policial ao judiciário e MP.

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