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sexta-feira, 15 de junho de 2012

VIGILANTES PARTICULARES FAZENDO A SEGURANÇA DA POLÍCIA

 Segurança das unidades militares será garantida por seguranças armados de empresas terceirizadas / Ricardo Marques/ Metro Brasilia
DF: quartéis terão vigilantes particulares

Iniciativa é inédita no país e, de acordo com o Comando, vai liberar cerca de 1,4 mil policiais para rondas ostensivas . Segurança das unidades militares será garantida por seguranças armados de empresas terceirizadas. Ricardo Marques - Do Metro Brasília -

A Polícia Militar encaminhou pedido à Secretaria de Planejamento para ser incluída no edital de serviços de vigilância que o Governo do Distrito Federal prepara. Inédita no país, a ideia é que uma empresa privada assuma a segurança dos quartéis e dos postos comunitários da PM.

“É uma maneira de liberar nosso efetivo para a atividade-fim: proteger a população", afirma o coronel José Ricardo Cintra, comandante da Academia de Polícia, que foi encarregado pelo Comando de tocar o projeto de terceirização.

Cintra garante que a Polícia Federal já adota o modelo com sucesso. “O projeto traz enconomia ao Estado, pois é mais barato contratar um vigilante que um policial militar”, defende o coronel.

Nas contas da PM, será possível liberar 1,4 mil soldados que hoje tomam conta de 221 unidades policiais, sendo 171 delas postos de vigilância comunitária. “Não faz sentido manter um policial vigiando um posto comunitário, é melhor que vigilantes cuidem do patrimônio e que os policiais atendam à população", afirma Cintra.

A PM não sabe quanto a novidade custará, mas dá como certa a economia por conta das diferenças salariais. O salário base de um PM no DF é R$ 4,2 mil, enquanto o piso dos vigilantes corresponde a R$ 1,5 mil.

A expectativa da PM é de que até o fim do ano as empresas de vigilância estejam contratadas. O assunto é encarado com ressalvas pela sociedade civil. “É tapar o sol com a peneira. A PM precisa é aumentar o efetivo”, afirma o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Brasília, Saulo Santiago.

Santiago sustenta ainda que a terceirização da Ciade (Central Integrada de Atendimento e Despacho) não deu certo. “Segurança pública é assunto muito sério. Tem de ser feita por pessoal treinado para isso”, avalia.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - E depois vão se queixar diante da ocorrência de delitos dentro dos quartéis, pois pessoas estranhas e descompromissadas irão conhecer a rotina do quartel, as instalações, os depósitos de armas e equipamentos e até a forma de emprego das frações e unidades operacionais. Seria bom os comandantes entenderem que são serviços terceirizados. A não ser que estão querendo ocupar este "bico" com policiais que vendem a folga, saúde e a segurança pessoal para o serviço privado. Se a moda pegar...

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