A Polícia Militar entrou em alerta e reforçou o efetivo nas ruas da Grande São Paulo depois do assassinato de policiais nesta semana. Desde o último dia 13 de junho, seis policiais foram executados fora de serviço. Os crimes ainda estão sendo investigados.
A PM não sabe dizer ainda se há relação entre os casos. “Conclusões até o presente momento serão precipitadas e podem gerar um pânico desnecessário à população”, ressaltou a corporação.
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada na sexta-feira afirma que a Corregedoria da Polícia Militar e o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, investigam a suspeita de que as recentes mortes de policiais militares tenham sido retaliação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra a operação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), da PM, que matou seis homens em maio, na zona leste de São Paulo.
O comandante-geral da PM, Roberval Ferreira França, divulgou ontem um comunicado informando sobre o reforço do efetivo nas zonas sul e leste da capital. Segundo o comandante, foram deslocados para região 253 policiais militares, 57 viaturas e 20 motos, além de homens das Rota e do Batalhão de Choque.
A sexta execução desde o dia 13 ocorreu na manhã deste sábado. O cabo Joaquim Cabral de Carvalho, 45 anos, que trabalhava no 32º Batalhão da Polícia Militar há 28 anos, foi assassinado em Ferraz de Vasconcelos quando voltava para casa à paisana. Casado, ele deixa quatro filhos.
Somente nesta semana, outros três policiais foram assassinados em crimes, aparentemente, de encomenda. Vaner Dias, 44 anos, foi morto na quarta-feira, quando dava aula de jiu-jitsu em uma academia na avenida Carneiro Ribeiro, na Vila Formosa. Três homens entraram dizendo que estavam interessados em conhecer a academia e o executaram a tiros.
Paulo César Lopes de Carvalho estava à paisana na quinta-feira em um supermercado no bairro Jardim Comercial, quando três criminosos o abordaram. Eles chegaram a chamá-lo pelo nome para ter a certeza de sua identidade. Houve tiroteio e o soldado conseguiu atingir um dos assaltantes, mas acabou baleado na cabeça.
O soldado Osmar Santos Ferreira morreu na sexta-feira enquanto ia de moto para o trabalho em Rio Pequeno. Ele foi atingido por um tiro na cabeça ao ser abordado por criminosos que estavam em um veículo na avenida Prefeito Paulo Lauro. Seu corpo foi enterrado neste sábado.
No dia 13 de junho, o soldado Valdir Inocêncio dos Santos, 39 anos, foi assassinado, com cerca de 20 tiros, de pistola calibre 380, e revólver, após ter o portão de casa atingido por uma picape. Ele estava acompanhado do filho quando foi morto.
Quatro dias depois, o soldado Domingos Antônio Aparecido Siqueira, 43 anos, que também estava à paisana, foi executado na região de São Mateus. Siqueira manobrava o carro na porta de sua residência, por volta das 9h40, quando um homem o abordou e atirou contra ele.
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Outros ataques
Bases da Polícias Militar também foram atacadas nos últimos dias. Na quarta-feira, uma, na zona leste, foi alvejada, matando dois policiais. Sexta-feira, uma base no bairro de Itaquera também foi alvo de bandidos. Os quatro homens, porém, foram encontrados por uma viatura. Houve troca de tiros e um dos bandidos morreu.
Na madrugada desta sexta, bandidos atearam fogo em um ônibus e tentaram atacar uma base da Polícia Militar em Diadema, no Grande ABC.
Além das execuções, o soldado Cleiton César Alves Batista, 25 anos, foi morto com um tiro no rosto, ao tentar evitar um assalto a uma loja de roupas localizada na região de Pirituba.
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