Operação prende PMs acusados de fazer segurança de bicheiro no Rio. Ministério Público e Polícia Militar desarticulam esquema de exploração de caça-níqueis
21 de agosto de 2013 | 10h 47
Marcelo Gomes - O Estado de S. Paulo
RIO - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a Polícia Militar deflagraram, na manhã desta quarta-feira, 21, a Operação Perigo Selvagem, para cumprir mandados de prisão preventiva contra 26 pessoas, entre elas policiais militares, envolvidas em um esquema de exploração de máquinas caça-níqueis.
As denúncias são relativas a crimes de formação de quadrilha armada e corrupção ativa e passiva. A operação também visa a cumprir 76 mandados de busca e apreensão.
Até as 10h30, 18 mandados de prisão haviam sido cumpridos contra seis PMs, quatro ex-PMs, sete civis e um agente penitenciário. Outro agente prisional (que não estava na lista de procurados) foi preso em flagrante.
De acordo com o MP-RJ, os acusados atuavam em Bangu, Realengo, Marechal Hermes e Campo Grande, além de outros bairros da zona oeste do Rio. Ainda segundo a denúncia da promotoria, a quadrilha utilizava como seu "quartel-general" as instalações da empresa Ivegê, em Bangu, que pertenceria ao contraventor Fernando Iggnácio. Ele é considerado pelo Ministério Público um dos "capos" do jogo do bicho no Rio.
Entre os denunciados estão um tenente-coronel e um capitão da PM, além de outros oito policiais militares, quatro ex-PMs e um agente penitenciário, todos acusados de fazer parte do esquema de segurança de Fernando Iggnácio.
A Operação Perigo Selvagem conta com cerca de 400 homens do Ministério Público e da Polícia Militar, com o apoio de cerca de 100 viaturas e dois helicópteros.
Um dos locais visitados nesta manhã foi a residência de Fernando Iggnácio, um apartamento em um prédio de luxo na Avenida Prefeito Mendes de Moraes, na orla de São Conrado, um dos endereços mais caros do Rio. Com alicates, picaretas e marretas, cinco PMs do Batalhão de Choque entraram no edifício. Um helicóptero sobrevoa o local.
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