PM tem desafio de formar 1.500 policiais para instalar UPP na Maré, diz novo comandante da PM
Coronel Luís Castro disse, ainda, que não pode afirmar que complexo receberá próxima unidade
O GLOBO
Atualizado:7/08/13 - 13h25
Novo comandante da PM Luís Castro em coletiva de apresentação do novo comandoPedro Kirilos / O Globo
RIO — O novo comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Luís Castro Menezes, disse nesta quarta-feira que a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Maré já é um desafio pela necessidade de serem formados 1.500 policiais para atuarem na região. Em entrevista ao telejornal "RJTV", o coronel afirmou que o processo de pacificação terá continuidade, sempre “voltado à sociedade”. Além disso, ele disse que o planejamento das UPPs segue um cronograma junto à Secretaria de Segurança e que ainda não pode dizer que o Complexo da Maré será a próxima comunidade a receber a unidade.
— Nós vamos continuar discutindo esse planejamento, quais seriam as futuras ações. Qual a próxima comunidade? Não posso adiantar aqui que o próximo passo é a Maré. Nem posso falar em Complexo do Lins. Isso ainda vai ser discutido — disse o novo comandante da PM, que disse que, apesar de já ter nomes pré-selecionados, ainda vai escolher o novo comandante das UPPs.
Sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Sousa, ocorrido no dia 14 de julho, na Favela da Rocinha, o coronel disse que espera que o caso seja logo esclarecido. Nesta terça-feira, policiais da Delegacia de Homicídios fazem buscas pelo corpo no alto da comunidade da Zona Sul do Rio.
— O fato é grave e nos preocupa bastante. Há um Inquérito Policial Militar em aberto, assim como há um inquérito na Polícia Civil, e a gente espera que, através do nosso inquérito, esse caso seja em breve esclarecido.
O coronel disse, ainda, que pretende corrigir possíveis erros da corporação.
Sobre o tráfico armado ainda presente em comunidades já pacificadas, o coronel Luís Castro disse que a corporação continuará trabalhando na mesma linha, e, segundo ele, “prisões estão sendo feitas de forma constante”, citando como exemplo as feitas na Favela da Rocinha. E voltou a falar sobre a aproximação da polícia com moradores:
— Não podemos dizer que uma realidade de anos vai ser mudada. E a gente quer se aproximar mais da sociedade, que vai entender que estamos proporcionando segurança. Não somos inimigos das pessoas.
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