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quarta-feira, 12 de março de 2014

PMS SÃO INTIMIDADOS E AGREDIDOS POR SOLDADOS DO TRÁFICO

TV GLOBO, FANTÁSTICO Edição do dia 11/03/2014

11/03/2014 21h02 - Atualizado em 11/03/2014 21h12

Vídeo mostra PMs intimidados e agredidos por criminosos na Rocinha. O Jornal Nacional obteve, com exclusividade, imagens que mostram PMs sendo cercados por vários homens na favela da Rocinha. Investigações revelam, segunda a polícia, uma estratégia dos traficantes.





Imagens obtidas com exclusividade pelo Jornal Nacional mostram PMs sendo intimidados e agredidos por bandidos na favela da Rocinha, no Rio. Segundo a Secretaria de Segurança, é uma nova estratégia dos traficantes para desestabilizar o trabalho da polícia. Nesta terça-feira (11), foi preso um suspeito de participação no ataque à Unidade de Polícia Pacificadora da comunidade, no mês passado.

Um homem, segundo a polícia, chefiou o ataque de bandidos contra a Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, há quase um mês. No confronto, o comandante-geral das UPPs e a comandante da UPP da favela ficaram feridos. Paulo Roberto Santos não reagiu à prisão.

Investigações feitas pela delegacia da Polícia Civil, criada na Rocinha no fim do ano passado, revelam, segunda a polícia, uma estratégia dos traficantes. Imagens gravadas pelas câmeras de monitoramento da UPP, de acordo com a polícia, mostram prestadores de serviço do tráfico. Homens que agem sem fuzis ou pistolas, e têm o objetivo de atrapalhar o trabalho da PM.

Flagrante

O flagrante foi feito no dia 25 de dezembro do ano passado. Depois de uma apreensão de uma mochila, com armas e drogas, uma equipe da Polícia Militar é cercada por vários homens. Há muita discussão, mas os PMs não reagem.

Um homem joga dois tijolos no carro da UPP. Em seguida, empurra e chuta um policial. O PM tenta prendê-lo, mas é contido por uma pessoa.

Um rapaz de camisa verde escura atinge o carro com uma pá de lixo. São oito golpes, que quebram os vidros traseiro e lateral. Um outro bate na viatura com um cabo de vassoura. E mais tijolos acertam o carro.

“O policial precisa realmente ter uma tolerância acima do normal para, exatamente, lidar com esse tipo de atuação técnica. Esses elementos são criminosos que têm o nítido objetivo de desestabilizar a atuação policial, enfraquecer a atuação policial preventiva na comunidade e causar a desordem”, declara o delegado Gabriel Ferrando.

Investigação

A polícia conseguiu identificar quatro homens que, segundo o delegado, participaram do quebra-quebra.

Alex Duarte Monteiro, 21 anos; Clayton Vieira Alves, de 25 - foi ele quem jogou tijolos na viatura e agrediu um dos PMs; Jony Moreira de Lima, 21 anos - é o rapaz que usou uma pá para destruir o carro; Leandro Oliveira Coelho, tem 31 anos. No início do tumulto, ele tentou conter os ânimos, mas, depois, também quebrou um tijolo na viatura.

O delegado informou que todos têm passagens pela delegacia. O delegado vai pedir a prisão deles por sete crimes.

“Nós conseguimos identificar grande parte dos elementos e eu irei pedir a prisão desses criminosos pelo crime de associação para o tráfico”, afirma o delegado.

Diariamente policiais da UPP da Rocinha trocam tiros com traficantes. E moradores estão preocupados com o aumento da violência.

UPP na Rocinha


“A gente fica com medo sim, como todo mundo, porque a gente não sabe o que pode acontecer. A qualquer hora às vezes você chega, tem tiroteio”, revela uma moradora da Rocinha.

“O pessoal fala que a gente tem segurança, a gente não vê”, diz um outro morador.

A comandante da UPP da Rocinha pede a colaboração dos moradores. “Não há ação nenhuma que aconteça nessas comunidades em processo de pacificação, inclusive aqui na Rocinha, que venha impedir o trabalho da Polícia Militar, que venha desmotivar o trabalho da Polícia Militar e que venha alterar qualquer tipo de planejamento. Pelo contrário, a gente, a partir desse momento, é uma oportunidade de a gente pedir aos moradores que denunciem, que contribuam com o nosso trabalho diário aqui para que a gente, em um menor tempo possível, a gente consiga retirar esses marginais dessa comunidade que é uma comunidade maravilhosa”, declara a major Priscila Azevedo, comandante da UPP da Rocinha.


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