Policiais militares ficam feridos em treinamento do Bope. Arma de um dos PMs caiu no chão e efetuou o disparo
O GLOBO
Atualizado:18/03/14 - 9h01
Policiais do Bope durante ronda no Complexo do Alemão Guito Moreto / Agência O Globo
RIO - Quatro policiais militares ficaram feridos durante um treinamento ministrado pelo do Batalhão de Operações Policiais Especiais(Bope) no pátio interno da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), no Complexo do Alemão, na Zona Norte, na noite de segunda-feira. Em nota, a CPP informou que os PMs foram feridos por estilhaços provocados por um disparo de arma de fogo acidental.
O acidente teria acontecido no momento em que os agentes desembarcavam do caminhão de transporte do Bope, quando a arma de um dos policiais se prendeu à estrutura do veículo, caiu no chão e efetuou um único disparo que feriu superficialmente os PMs.
Os feridos foram socorridos pela ambulância do Bope e levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo do Alemão, onde foram medicados e liberados.
Reforço no patrulhamento e treinamento
A ida do Bope para o Alemão foi anunciado na sexta-feira pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em reação à morte do aspirante a oficial Leidson Acácio, subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro. O objetivo foi não só reforçar o patrulhamento, como treinar os PMs que atuam no complexo e na Vila Cruzeiro. Além disso, as comunidades receberam mais cem policiais experientes — e não novatos, como costumar acontecer no programa de pacificação.
Na noite de quinta-feira, Leidson Acácio foi assassinado por traficantes com um tiro na cabeça, durante patrulhamento no Parque Proletário.
O mesmo treinamento feito pelo Bope será recebido por PMs destacados para atuar na Rocinha.
Estratégia é reforçar ações de inteligência
Apesar dos constantes ataques a UPPs, Beltrame afirmou nesta sexta-feira que não pedirá ajuda ao Exército neste momento. Segundo ele, existe uma parceria entre as Forças Armadas e o governo do estado, mas a estratégia agora é intensificar ações de inteligência. O secretário admitiu ainda que a ordem para atacar UPPs pode ter partido de presídios, mas que isso não se aplica à morte de Leidson. Os principais chefes da facção que controla o Alemão estão em presídios federais fora do estado.
Ele afirmou ainda que os atuais problemas nas UPPs e a sensação de que esses territórios estão em guerra são decorrentes do fato de não ter havido uma política de segurança nos últimos 30 anos.
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