ZERO HORA 17 de março de 2014 | N° 17735
VIOLÊNCIA NA SERRA
Os jovens Anderson Styburski, 16 anos, e Danúbio Cruz da Costa, 20 anos, foram mortos por soldados da Brigada Militar após, supostamente, o motorista do veículo onde estavam trocar tiros com a polícia. Policiais Militares que participaram da ocorrência foram afastados das ruas.
Anderson e Danúbio estavam no baú de uma Fiorino conduzida por Tiago Sarmento de Paula, 18 anos. Na cabine, o motorista tinha a companhia de um estudante de 15 anos. O grupo voltava de uma festa em uma chácara em Linha Alcântara, interior de Bento Gonçalves. Por volta das 5h30min, teriam passado em alta velocidade por uma viatura da BM no bairro Cidade Alta.
Em depoimento à polícia, Tiago admitiu ter fugido porque transportava passageiros (Anderson e Danúbio) irregularmente na caçamba da Fiorino. Como o carro pertencia a um conhecido, ele temia levar multa e perder a carteira de habilitação provisória. O estudante de 15 anos confirmou a versão de Tiago. Eles negaram, porém, que houvesse arma no carro.
A versão dos dois soldados é diferente. Em depoimento à polícia, eles disseram que um dos ocupantes da Fiorino teria atirado contra a viatura. Os PMs responderam disparando com uma espingarda calibre 12. Os tiros perfuraram a lataria e atingiram Anderson e Danúbio. Tiago levou um tiro de raspão.
Viaturas foram apedrejadas durante protestos em bairro
Delegado plantonista da Polícia Civil em Bento Gonçalves, Clóvis Rodrigues de Souza diz que foi encontrado um revólver calibre 38 dentro da Fiorino. Duas pistolas .40 e uma espingarda calibre 12, usados pelos PMs, foram apreendidas.
A arma apreendida teve duas capsulas deflagradas. Não foram encontradas marcas de tiro na viatura.
As mortes provocaram reação de moradores do Fátima. Em poucos minutos, dezenas de pessoas cercaram a moradia e tomaram a rua. Pedras foram lançadas contra viaturas. As famílias não acreditam que os amigos estavam armados. Conhecidos no Fátima, os jovens não tinham passagem pela polícia.
– Mataram como se fossem bandidos – desabafou Douglas Cruz da Costa, 29, irmão de Danúbio.
O chefe do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO/Serra), tenente-coronel Leonel da Silva Bueno, confirmou o afastamento dos dois soldados. Um deles trabalha há dois anos na corporação e outro tem cinco anos de experiência.
VIOLÊNCIA NA SERRA
Os jovens Anderson Styburski, 16 anos, e Danúbio Cruz da Costa, 20 anos, foram mortos por soldados da Brigada Militar após, supostamente, o motorista do veículo onde estavam trocar tiros com a polícia. Policiais Militares que participaram da ocorrência foram afastados das ruas.
Anderson e Danúbio estavam no baú de uma Fiorino conduzida por Tiago Sarmento de Paula, 18 anos. Na cabine, o motorista tinha a companhia de um estudante de 15 anos. O grupo voltava de uma festa em uma chácara em Linha Alcântara, interior de Bento Gonçalves. Por volta das 5h30min, teriam passado em alta velocidade por uma viatura da BM no bairro Cidade Alta.
Em depoimento à polícia, Tiago admitiu ter fugido porque transportava passageiros (Anderson e Danúbio) irregularmente na caçamba da Fiorino. Como o carro pertencia a um conhecido, ele temia levar multa e perder a carteira de habilitação provisória. O estudante de 15 anos confirmou a versão de Tiago. Eles negaram, porém, que houvesse arma no carro.
A versão dos dois soldados é diferente. Em depoimento à polícia, eles disseram que um dos ocupantes da Fiorino teria atirado contra a viatura. Os PMs responderam disparando com uma espingarda calibre 12. Os tiros perfuraram a lataria e atingiram Anderson e Danúbio. Tiago levou um tiro de raspão.
Viaturas foram apedrejadas durante protestos em bairro
Delegado plantonista da Polícia Civil em Bento Gonçalves, Clóvis Rodrigues de Souza diz que foi encontrado um revólver calibre 38 dentro da Fiorino. Duas pistolas .40 e uma espingarda calibre 12, usados pelos PMs, foram apreendidas.
A arma apreendida teve duas capsulas deflagradas. Não foram encontradas marcas de tiro na viatura.
As mortes provocaram reação de moradores do Fátima. Em poucos minutos, dezenas de pessoas cercaram a moradia e tomaram a rua. Pedras foram lançadas contra viaturas. As famílias não acreditam que os amigos estavam armados. Conhecidos no Fátima, os jovens não tinham passagem pela polícia.
– Mataram como se fossem bandidos – desabafou Douglas Cruz da Costa, 29, irmão de Danúbio.
O chefe do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO/Serra), tenente-coronel Leonel da Silva Bueno, confirmou o afastamento dos dois soldados. Um deles trabalha há dois anos na corporação e outro tem cinco anos de experiência.
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