ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

POLICIAL TRÊS EM UMA

O SUL. Porto Alegre, Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2014.



WANDERLEY SOARES

Profissionais da Brigada cedidos ao Ministério Público exercem funções honrosas e eficientes


Uma policial militar que fazia, às vezes, de motorista de um promotor de Justiça, em Porto Alegre, ao dirigir carro oficial, foi assaltada sábado último. Os bandidos levaram o carro do MP (Ministério Publico) que foi abandonado e, logo, recuperado. A versão oficial é de que a policial chegou a reagir e até troca de tiros houve. Os bandidos teriam levado a pistola de calibre 40 da soldado. Este caso, aparentemente de rotina, tem matizes múltiplos. Um deles é de que a Brigada, o que é por demais sabido, auxilia nas investigações realizadas pelo MP e, assim, a briosa não parece estar tão carente de efetivo. De outra banda, a soldado deveria operar em investigações, na segurança do MP e ainda, à paisana, de motorista de promotor. Nada irregular ou ilegal. Apenas um exemplo da qualificação de uma brigadiana


Trimestre


Numa primeira leitura, não entendi. Reli e ali estava a informação ou informe, como queiram as autoridades. A Brigada Militar, a cada trimestre, realiza uma operação forte nos inferninhos do Centro Histórico de Porto Alegre, antros de desordens e assassinatos. Ingênuo, pensava eu que o policiamento era diário e, as operações fortes, semanais. Assim caminha a Porto Alegre da Copa


Preocupações estatísticas


Com toda a razão, o governador Tarso Genro está vaidoso com o resultado de uma recente pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) que indica o RS como o local onde as pessoas têm a menor preocupação com a qualidade da segurança pública. "Apenas 22% da hierarquia de preocupações da população do Estado é com segurança pública", segundo o trabalho da CNI. Em breve, não duvido, haverá estatísticas que apontem o RS como pouco preocupado com a educação, a saúde e o trânsito


Pão quente


Eis uma estratégia de marketing governamental inteligente. Primeiro faz, por exemplo, um desfile de 500 viaturas. Depois, a cada entrega de 50 viaturas, faz uma nova festividade. No imaginário popular há uma entrega constante de novas viaturas, grande parte das quais vão substituir as que estão sucateadas. Quanto às novas, não têm garantia de boa manutenção. De qualquer maneira, a ideia que fica é a de que sempre temos pão quente, principalmente nas vésperas da Copa e das eleições


Decisões oficiais


Deu no Diário Oficial do Estado: O soldado John Waine Molina de Campos passou à disposição da Casa Civil; o capitão Juliano André Amaral sai da Casa Militar e vai para a Casa Civil; os sargentos Luís Carlos Pereira Oliveira e Ordeval Renato da Silva Barreiro vão para a Casa Militar; a técnica superior penitenciária Fernanda Bassani vai para a Câmara de Vereadores de Porto Alegre; a soldado Andrea da Rosa Machado foi prorrogada à disposição do governo de Goiás. Como se vê, Goiás carece de brigadianas.

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