Governos sustentam que tropas estão bem preparadas para agir. Associações de classe se dividem sobre atuação de policiais em protestos
JULIANA CASTRO, MARIANA TIMÓTEO DA COSTA E RAPHAEL KAPA
O GLOBO
Atualizado:2/02/14 - 9h41
RIO E SÃO PAULO - Os governos dos estados do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, onde aconteceram as principais manifestações, afirmam que treinam suas tropas de maneira adequada para atuar em protestos e outros eventos. No Rio, 55 policiais ficaram feridos. Em São Paulo, foram 82, desde junho de 2013.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Rio afirmou que os policiais passam por um curso de formação de oito meses, com carga horária 1.182 horas.
Quando fala sobre o Batalhão de Choque, a secretaria informa que os profissionais possuem cursos específicos para controle de distúrbios civis, que incluem técnicas de imobilização, condução de detidos e negociação. A pasta pontuou ainda que, desde 2011, os policiais passam por cursos especiais para atuação nos grandes eventos e que a Polícia Militar tem se aprimorado.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que a PM está nas manifestações para garantir o direito de todos, inclusive dos manifestantes, e que as operações são planejadas, com os agentes orientados.
O deputado estadual por São Paulo major Olímpio Gomes (PDT) contabilizou, junto ao Comando Geral da PM do estado, 175 policiais feridos entre junho e 31 de dezembro de 2013 em São Paulo. O número diverge do informado pela secretaria.
A PM de São Paulo conta com 90 mil policiais, e não oferece detalhes sobre suas ações de inteligência porque são de “natureza estratégica”. Tampouco divulga os gastos em treinamento ou reciclagem, mas diz que oferece “rotineiramente treinamento”.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública, que faz uma interlocução com as forças de segurança locais, informou que foi constituído um grupo de trabalho com o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das polícias militares e corpos de bombeiros para orientar o emprego das instituições policiais e que não cabe ao órgão avaliar as atuações.
O Distrito Federal, segundo a assessoria da Secretaria de Segurança, afirma que há mais de dois anos realiza diversos cursos de aperfeiçoamento. Os cursos são para os mais variados objetivos, desde como lidar com manifestantes até segurança de chefe de Estados.
As associações de Praças da PM e Bombeiros do Rio e de Brasília se dividiram sobre a atuação dos policiais e o resultado da pesquisa. Para o presidente da associação no Rio, Wanderley Riveiro, a pesquisa mostra o despreparo da instituição.
— É a confirmação do que a gente fala da falta de preparo da instituição. Falta planejamento, a polícia tem que estar preparada para qualquer situação, e não está — afirma Wanderley.
O vice-presidente do grupo no Distrito Federal, Sargento Manoel Sansão, concorda que o trabalho de inteligência deve ser aprimorado, mas diz que a atuação da polícia foi correta.
— Não posso falar de todos os estados. Sei o que ocorre em Brasília, e a PM daqui está bem preparada — sustenta Sansão.
Atualizado:2/02/14 - 9h41
RIO E SÃO PAULO - Os governos dos estados do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, onde aconteceram as principais manifestações, afirmam que treinam suas tropas de maneira adequada para atuar em protestos e outros eventos. No Rio, 55 policiais ficaram feridos. Em São Paulo, foram 82, desde junho de 2013.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Rio afirmou que os policiais passam por um curso de formação de oito meses, com carga horária 1.182 horas.
Quando fala sobre o Batalhão de Choque, a secretaria informa que os profissionais possuem cursos específicos para controle de distúrbios civis, que incluem técnicas de imobilização, condução de detidos e negociação. A pasta pontuou ainda que, desde 2011, os policiais passam por cursos especiais para atuação nos grandes eventos e que a Polícia Militar tem se aprimorado.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que a PM está nas manifestações para garantir o direito de todos, inclusive dos manifestantes, e que as operações são planejadas, com os agentes orientados.
O deputado estadual por São Paulo major Olímpio Gomes (PDT) contabilizou, junto ao Comando Geral da PM do estado, 175 policiais feridos entre junho e 31 de dezembro de 2013 em São Paulo. O número diverge do informado pela secretaria.
A PM de São Paulo conta com 90 mil policiais, e não oferece detalhes sobre suas ações de inteligência porque são de “natureza estratégica”. Tampouco divulga os gastos em treinamento ou reciclagem, mas diz que oferece “rotineiramente treinamento”.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública, que faz uma interlocução com as forças de segurança locais, informou que foi constituído um grupo de trabalho com o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das polícias militares e corpos de bombeiros para orientar o emprego das instituições policiais e que não cabe ao órgão avaliar as atuações.
O Distrito Federal, segundo a assessoria da Secretaria de Segurança, afirma que há mais de dois anos realiza diversos cursos de aperfeiçoamento. Os cursos são para os mais variados objetivos, desde como lidar com manifestantes até segurança de chefe de Estados.
As associações de Praças da PM e Bombeiros do Rio e de Brasília se dividiram sobre a atuação dos policiais e o resultado da pesquisa. Para o presidente da associação no Rio, Wanderley Riveiro, a pesquisa mostra o despreparo da instituição.
— É a confirmação do que a gente fala da falta de preparo da instituição. Falta planejamento, a polícia tem que estar preparada para qualquer situação, e não está — afirma Wanderley.
O vice-presidente do grupo no Distrito Federal, Sargento Manoel Sansão, concorda que o trabalho de inteligência deve ser aprimorado, mas diz que a atuação da polícia foi correta.
— Não posso falar de todos os estados. Sei o que ocorre em Brasília, e a PM daqui está bem preparada — sustenta Sansão.
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