ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

A PSICOLOGIA E A PSICOLOGIA



O SUL. Porto Alegre, Sábado, 15 de Fevereiro de 2014.



WANDERLEY SOARES


Uma coisa é a Brigada Militar, outra coisa é a Polícia Civil


Em favor dos leitores deste espaço, meus conselheiros me trouxeram alguns detalhes sobre de como, antes e/ou durante a Copa, a Brigada Militar, conforme acena o governo, poderá vir a ter ou não ter dois mil novos profissionais prontos em seu efetivo até o final deste ano, tema que abordei, em parte, há alguns dias. 

O assunto está sob reflexão e, por isso, abordo neste sábado uma outra aba da segurança pública gaúcha ao parafrasear Shakespeare: entre os poderes da Brigada Militar e os da Polícia Civil, soprados pelo Piratini, há muita cabala que a nossa filosofia profana não alcança. Sigam-me.


Inaptidão


A título de ilustração, lembro que, em determinado período da ditadura militar, policiais civis optaram por se transferir para a Brigada Militar, o que não exigia nada além do que o preenchimento de alguns formulários. 

Nada complicado. Sabemos que os tempos agora são outros e se tornou comum que profissionais da Brigada, de soldado a sargento, que concluíram curso superior, se inscrevam em concurso para escrivão ou inspetor na Polícia Civil e mesmo para delegado. 

Pois recentemente foi com grande surpresa que os policiais militares, soldados e sargentos, alguns com até 15 anos de experiência de policiamento, receberam o resultado de "inaptidão" no teste psicológico da Polícia Civil relativo ao concurso para inspetor e escrivão. 

Há, nisso, pelo menos, um desencontro de critérios entre os psicólogos da Brigada e os da Polícia Civil. A porcentagem de brigadianos considerados inaptos para ingressarem na Civil beira 70%. Entre os reprovados há PMs que tem assentamento como de comportamento "excepcional" na briosa. 

O RS da transversalidade está a cada dia mais esotérico.

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