JORNAL MURAL - sábado, 15 de fevereiro de 2014
Em quatro anos, apenas 950 veículos receberam o kit que grava as ações dos agentes.
O DIA
Rio - Em vigor desde agosto de 2009, a Lei nº 5588, que determina que a instalação de sistema de áudio e vídeo nos carros das polícias Civil e Militar e da Defesa Civil, ainda não está sendo plenamente cumprida. De lá para cá, câmeras foram colocadas em apenas 950 veículos da PM, contrariando a lei e também uma promessa do Governo do Estado. Em setembro de 2013, a Secretaria Estadual de Segurança Pública divulgou que, até o fim daquele ano, dois mil carros de vários batalhões — número que não representa 100% da frota — iriam ganhar os kits de videomonitoramento.
“Infelizmente, mais de quatro anos se passaram e a lei ainda não é respeitada. O secretário de Segurança recentemente disse que era preciso haver leis mais rigorosas para combater a criminalidade. Eu acredito que deve haver um rigor maior em cumprir as leis já existentes”, enfatizou o deputado estadual Gilberto Palmares (PT), autor da lei.
Além de inibir que o cidadão seja vítima de abusos, o sistema de monitoramento protege os policiais de falsas acusações. “Já houve tempo suficiente para a instalação gradativa, mas, infelizmente, apenas uma pequena parcela das viaturas foi adaptada ao sistema e, pelo que soube, somente nos batalhões de Niterói e São Gonçalo”, disse o parlamentar.
A Secretaria de Segurança informou que cerca de 950 viaturas da PM tiveram câmeras instaladas até o final de 2013, e que, com a nova frota sendo entregue, mais 1.050 viaturas vão receber o equipamento até o segundo semestre deste ano. No entanto, não revelou a frota total de veículos. O Rio é o segundo estado brasileiro a implantar câmeras em viaturas. O primeiro foi o Ceará. De acordo com o governo estadual, o processo de instalação das câmeras e base tecnológica nas unidades da Polícia Militar tem custo de R$ 18 milhões. Ainda não há previsão de implantação do sistema nas viaturas da Polícia Civil e nem nos carros da Defesa Civil, como determina a lei. Cada viatura circula com duas câmeras: uma no teto, voltada para a frente do veículo, e outra no painel, que mostra a movimentação dos PMs dentro do carro. As câmeras gravam áudio e vídeo e as gravações são armazenadas em um gravador dentro do veículo, sendo descarregadas, via wi-fi, quando a viatura entra no batalhão. As imagens podem ser transmitidas em tempo real, via 3G, mas com resolução não muito boa, ou podem ser vistas no momento em que a viatura retorna à base, gravadas em alta definição
Imagens são arquivadas
Em seu artigo 1º, a lei nº 5588, de 7 de dezembro de 2009, determina que o Poder Executivo instale câmaras de vídeo e de áudio nos veículos que vierem a ser adquiridos para servir às áreas de Segurança Pública e Defesa Civil. O parágrafo único ressalta que a instalação do sistema deverá ocorrer de forma gradativa nas viaturas já existentes. As imagens devem ser arquivadas por um período mínimo de dois anos, podendo ser utilizadas para atender à demanda judicial e administrativa, de acordo com o artigo 3º.
O deputado Gilberto Palmares relembrou o caso do coordenador do AfroReggae, Evandro Silva, para comprovar a importância da proposta: “Não fossem as câmeras, o caso não teria sido esclarecido”, disse, referindo-se a circuitos de segurança que gravaram o assalto no Centro, em 2009.
Reportagem de Roberta Trindadehttp://odia.ig.com.br/
Em quatro anos, apenas 950 veículos receberam o kit que grava as ações dos agentes.
O DIA
Rio - Em vigor desde agosto de 2009, a Lei nº 5588, que determina que a instalação de sistema de áudio e vídeo nos carros das polícias Civil e Militar e da Defesa Civil, ainda não está sendo plenamente cumprida. De lá para cá, câmeras foram colocadas em apenas 950 veículos da PM, contrariando a lei e também uma promessa do Governo do Estado. Em setembro de 2013, a Secretaria Estadual de Segurança Pública divulgou que, até o fim daquele ano, dois mil carros de vários batalhões — número que não representa 100% da frota — iriam ganhar os kits de videomonitoramento.
“Infelizmente, mais de quatro anos se passaram e a lei ainda não é respeitada. O secretário de Segurança recentemente disse que era preciso haver leis mais rigorosas para combater a criminalidade. Eu acredito que deve haver um rigor maior em cumprir as leis já existentes”, enfatizou o deputado estadual Gilberto Palmares (PT), autor da lei.
Além de inibir que o cidadão seja vítima de abusos, o sistema de monitoramento protege os policiais de falsas acusações. “Já houve tempo suficiente para a instalação gradativa, mas, infelizmente, apenas uma pequena parcela das viaturas foi adaptada ao sistema e, pelo que soube, somente nos batalhões de Niterói e São Gonçalo”, disse o parlamentar.
A Secretaria de Segurança informou que cerca de 950 viaturas da PM tiveram câmeras instaladas até o final de 2013, e que, com a nova frota sendo entregue, mais 1.050 viaturas vão receber o equipamento até o segundo semestre deste ano. No entanto, não revelou a frota total de veículos. O Rio é o segundo estado brasileiro a implantar câmeras em viaturas. O primeiro foi o Ceará. De acordo com o governo estadual, o processo de instalação das câmeras e base tecnológica nas unidades da Polícia Militar tem custo de R$ 18 milhões. Ainda não há previsão de implantação do sistema nas viaturas da Polícia Civil e nem nos carros da Defesa Civil, como determina a lei. Cada viatura circula com duas câmeras: uma no teto, voltada para a frente do veículo, e outra no painel, que mostra a movimentação dos PMs dentro do carro. As câmeras gravam áudio e vídeo e as gravações são armazenadas em um gravador dentro do veículo, sendo descarregadas, via wi-fi, quando a viatura entra no batalhão. As imagens podem ser transmitidas em tempo real, via 3G, mas com resolução não muito boa, ou podem ser vistas no momento em que a viatura retorna à base, gravadas em alta definição
Imagens são arquivadas
Em seu artigo 1º, a lei nº 5588, de 7 de dezembro de 2009, determina que o Poder Executivo instale câmaras de vídeo e de áudio nos veículos que vierem a ser adquiridos para servir às áreas de Segurança Pública e Defesa Civil. O parágrafo único ressalta que a instalação do sistema deverá ocorrer de forma gradativa nas viaturas já existentes. As imagens devem ser arquivadas por um período mínimo de dois anos, podendo ser utilizadas para atender à demanda judicial e administrativa, de acordo com o artigo 3º.
O deputado Gilberto Palmares relembrou o caso do coordenador do AfroReggae, Evandro Silva, para comprovar a importância da proposta: “Não fossem as câmeras, o caso não teria sido esclarecido”, disse, referindo-se a circuitos de segurança que gravaram o assalto no Centro, em 2009.
Reportagem de Roberta Trindadehttp://odia.ig.com.br/
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