VEJA. Blog Reinaldo Azevedo 07/02/2014 às 16:56
Não tenho respeito por uma imprensa que puxa o saco dos seus algozes. Covardes! O óbvio é reconhecido: cinegrafista não foi atingido pela Polícia do RJ. Eu “descobri” isso vendo uma foto!
Foi a ignorância ou a má-fé que levou alguns a achar que isso poderia ser uma bomba de gás lacrimogêneo?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai ser tolerante com os black blocs?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai confundir direito à livre manifestação com arruaça?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai primeiro condenar a polícia para depois apurar o que que aconteceu?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai fingir que as ditas manifestações são essencialmente “pacíficas” e depois fogem do controle?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai se calar sobre o cerco que sofre nas ruas — E QUE NÃO É DA POLÍCIA?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai esconder de telespectadores, de leitores, de internautas e de ouvintes que está sendo caçada nas ruas por bandidos disfarçados de sonhadores?
Até quando a imprensa brasileira vai confundir uma horda de comuno-fascistoides com democratas?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai puxar o saco de seus algozes?
Pronto! Agora os especialistas falam o que já era evidente desde o primeiro momento — bastava ver as fotos: o cinegrafista Santiago Andrade, da Band, que foi gravemente ferido na manifestação desta sexta, no Rio, foi vítima de morteiro, ou algo parecido, mas não de bomba de gás lacrimogêneo.
Órgãos de comunicação e associações de jornalistas emitiram notas covardes a respeito, afirmando desconhecer a origem do artefato explosivo que atingiu Andrade — sempre presente a hipótese da bomba de gás.
Tenham paciência! Eu nunca cobri protestos de rua. Eu já fiz protestos de rua. Eu nunca reportei bombas de gás; eu já enfrentei bombas de gás. Só a ignorância alarmante ou a má-fé — eventualmente uma combinação das duas coisas —, diante daquelas imagens, poderia insistir na hipótese de que fosse uma bomba de gás ou de efeito moral. Desde quando produzem aquela luz? Desde quando produzem aqueles fragmentos? Desde quando têm aquelas características? Ninguém tinha o direito de se enganar depois da divulgação da primeira imagem.
Mas como resistir à tentação de condenar a polícia? Infelizmente, boa parte dos jornalistas detesta mais os policiais do que os bandidos. Sei que muitos babam de rancor quando escrevo essas coisas, mas eu sempre digo o que penso, mesmo quando não me pagam para isso.
Mas como resistir à tentação de puxar o saco dos ditos “manifestantes”? Afinal, tudo o que jornalista mais teme hoje em dia é cair na boca do sapo de grupelhos terrorististoides nas redes sociais. Muitos jornalistas hoje em dia querem mais ser amados do que se comprometer com a verdade.
Imaginem
Imaginem o escarcéu que não se estaria a fazer a esta altura se Andrade tivesse sido ferido pela polícia. Alguém dirá: “Ora, Reinaldo, é natural. A polícia está aí para proteger as pessoas”. É verdade! Mas e os manifestantes? Sua tarefa é agredir os policiais e os bens públicos e privados?
Ainda ontem li textos moralmente delinquentes afirmando que a polícia do Rio usou bombas de gás lacrimogêneo e que os manifestantes responderam com paus, pedras e depredações. Como é que é? Foi o contrário! Quem reagiu foi a polícia. Voltemo-nos um pouco para São Paulo. Não fossem duas câmeras de segurança, os policiais que atiraram no tal Fabrício Proteus estariam com suas vidas e carreiras destruídas. Como o algoz de manual era a vítima, e a vítima de manual era o algoz, não se fala mais do assunto.
As associações de jornalistas, no entanto, são incapazes de emitir uma nota de protesto sem aquele tom politiqueiro e demagógico que, no fim das contas, acaba acusando sempre a polícia. Uma delas cobra que o estado garanta o direito à livre manifestação. É? Quem, por acaso, a está ameaçando?
E a OAB do Rio de Janeiro? Continua a se comportar como babá de black blocs? Informa a VEJA.com:
Um fotógrafo da Agência O Globo que testemunhou e registrou a explosão afirmou, em entrevista ao RJTV, ter visto o momento em que um integrante do grupo Black Bloc acendeu o artefato e lançou na direção de policiais. O homem que acendeu o explosivo usava, segundo ele, calça jeans e camisa cinza. O comandante do 5º BPM (Praça da Harmonia), Luiz Henrique Marinho, estava a poucos metros do local e disse ter visto, no momento da explosão, manifestantes mascarados lançando bombas caseiras contra os policiais.
Pois é… Fica uma dica: de hoje em diante, ao contratar um jornalista, sugiro que uma questão seja considerada eliminatória: “Você conhece bomba de gás lacrimogêneo?”.
Por Reinaldo Azevedo
Não tenho respeito por uma imprensa que puxa o saco dos seus algozes. Covardes! O óbvio é reconhecido: cinegrafista não foi atingido pela Polícia do RJ. Eu “descobri” isso vendo uma foto!
Foi a ignorância ou a má-fé que levou alguns a achar que isso poderia ser uma bomba de gás lacrimogêneo?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai ser tolerante com os black blocs?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai confundir direito à livre manifestação com arruaça?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai primeiro condenar a polícia para depois apurar o que que aconteceu?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai fingir que as ditas manifestações são essencialmente “pacíficas” e depois fogem do controle?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai se calar sobre o cerco que sofre nas ruas — E QUE NÃO É DA POLÍCIA?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai esconder de telespectadores, de leitores, de internautas e de ouvintes que está sendo caçada nas ruas por bandidos disfarçados de sonhadores?
Até quando a imprensa brasileira vai confundir uma horda de comuno-fascistoides com democratas?
Até quando a imprensa brasileira, com raras exceções, vai puxar o saco de seus algozes?
Pronto! Agora os especialistas falam o que já era evidente desde o primeiro momento — bastava ver as fotos: o cinegrafista Santiago Andrade, da Band, que foi gravemente ferido na manifestação desta sexta, no Rio, foi vítima de morteiro, ou algo parecido, mas não de bomba de gás lacrimogêneo.
Órgãos de comunicação e associações de jornalistas emitiram notas covardes a respeito, afirmando desconhecer a origem do artefato explosivo que atingiu Andrade — sempre presente a hipótese da bomba de gás.
Tenham paciência! Eu nunca cobri protestos de rua. Eu já fiz protestos de rua. Eu nunca reportei bombas de gás; eu já enfrentei bombas de gás. Só a ignorância alarmante ou a má-fé — eventualmente uma combinação das duas coisas —, diante daquelas imagens, poderia insistir na hipótese de que fosse uma bomba de gás ou de efeito moral. Desde quando produzem aquela luz? Desde quando produzem aqueles fragmentos? Desde quando têm aquelas características? Ninguém tinha o direito de se enganar depois da divulgação da primeira imagem.
Mas como resistir à tentação de condenar a polícia? Infelizmente, boa parte dos jornalistas detesta mais os policiais do que os bandidos. Sei que muitos babam de rancor quando escrevo essas coisas, mas eu sempre digo o que penso, mesmo quando não me pagam para isso.
Mas como resistir à tentação de puxar o saco dos ditos “manifestantes”? Afinal, tudo o que jornalista mais teme hoje em dia é cair na boca do sapo de grupelhos terrorististoides nas redes sociais. Muitos jornalistas hoje em dia querem mais ser amados do que se comprometer com a verdade.
Imaginem
Imaginem o escarcéu que não se estaria a fazer a esta altura se Andrade tivesse sido ferido pela polícia. Alguém dirá: “Ora, Reinaldo, é natural. A polícia está aí para proteger as pessoas”. É verdade! Mas e os manifestantes? Sua tarefa é agredir os policiais e os bens públicos e privados?
Ainda ontem li textos moralmente delinquentes afirmando que a polícia do Rio usou bombas de gás lacrimogêneo e que os manifestantes responderam com paus, pedras e depredações. Como é que é? Foi o contrário! Quem reagiu foi a polícia. Voltemo-nos um pouco para São Paulo. Não fossem duas câmeras de segurança, os policiais que atiraram no tal Fabrício Proteus estariam com suas vidas e carreiras destruídas. Como o algoz de manual era a vítima, e a vítima de manual era o algoz, não se fala mais do assunto.
As associações de jornalistas, no entanto, são incapazes de emitir uma nota de protesto sem aquele tom politiqueiro e demagógico que, no fim das contas, acaba acusando sempre a polícia. Uma delas cobra que o estado garanta o direito à livre manifestação. É? Quem, por acaso, a está ameaçando?
E a OAB do Rio de Janeiro? Continua a se comportar como babá de black blocs? Informa a VEJA.com:
Um fotógrafo da Agência O Globo que testemunhou e registrou a explosão afirmou, em entrevista ao RJTV, ter visto o momento em que um integrante do grupo Black Bloc acendeu o artefato e lançou na direção de policiais. O homem que acendeu o explosivo usava, segundo ele, calça jeans e camisa cinza. O comandante do 5º BPM (Praça da Harmonia), Luiz Henrique Marinho, estava a poucos metros do local e disse ter visto, no momento da explosão, manifestantes mascarados lançando bombas caseiras contra os policiais.
Pois é… Fica uma dica: de hoje em diante, ao contratar um jornalista, sugiro que uma questão seja considerada eliminatória: “Você conhece bomba de gás lacrimogêneo?”.
Por Reinaldo Azevedo
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