A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sábado, 26 de março de 2011
PMs ASSALTAM BANCO E ATIRAM CONTRA POLICIAIS
PMs presos após assalto contra banco. Soldados bandidos trocaram tiros com um policial civil que tentou evitar ataque ao Sicredi - JOANNA FERRAZ | Júlio de Castilhos
Ao tentar interceptar criminosos que assaltavam uma agência bancária em Júlio de Castilhos, o policial civil Telmo Pigatto, 31 anos, foi recebido a tiros, ontem. Para a surpresa do agente, os bandidos que trocaram tiros com ele e aterrorizaram o tranquilo distrito de Val de Serra eram “colegas” que, em vez de usar toucas ninja e assaltar bancos, deveriam estar vestindo farda da Brigada Militar. Três policiais militares acabaram presos.
Às 13h, a agência perto da BR-158 foi assaltada por um grupo que usava um fuzil 7.62 roubado do Exército, em Itaara, no início do mês.
O policial civil Pigatto foi quem retardou a fuga dos bandidos. Ele, que trabalha em Palmeira das Missões e mora em Val de Serra, havia passado a noite de plantão e, na hora do assalto, estava chegando em casa após levar o filho de cinco anos à escola. Ao passar em frente à casa do sogro, próximo ao banco, Pigatto diz ter visto três homens descendo de um Palio vermelho, um deles de botina e fardado. Um criminoso teria ficado na porta do banco, enquanto outros dois entraram. Um quarto homem foi fazer a volta com o carro. Enquanto ligava para o 190, Pigatto atirou duas vezes no veículo.
Os bandidos saíram com uma refém e dispararam duas vezes contra o carro de Pigatto, com armamento pesado: uma das balas entrou pelo parabrisa, atravessou o banco e o porta-malas e se alojou numa barra de metal extra que ele colocou no carro.
– Se não fosse essa barra, estaria morto– diz ele.
Os bandidos fugiram levando Ana Paula Salles Cherobini, que estava no caixa. Dentro da agência, estavam ainda o gerente, um cliente e o guarda, obrigados a se deitar no chão. Os ladrões pediram o dinheiro do caixa e do cofre e destruíram computadores.
Refém foi levada pelos policiais assaltantes
Ao chegarem à rua, o carro não estava no local. Eles pegaram um Uno do banco e saíram com a refém nele. Nessa hora, eles avistaram o policial civil e atiraram na direção dele.
– Me apavorei com o tiroteio. Estava abaixada no banco de trás e chorando – relembra a refém.
Durante o tiroteio, o bandido que estava no Palio se aproximou dos assaltantes, levando-os pela BR-158, na direção de Júlio de Castilhos. Policiais militares e agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil se mobilizaram.
A quadrilha foi avistada na BR-158. A perseguição seguiu por uma estrada de chão que leva a Nova Palma. No caminho, nova troca de tiros. Em uma curva, na localidade de Santa Terezinha, os assaltantes capotaram o Palio. Três foram levados à Delegacia da Polícia Civil e um, ferido, foi levado ao Hospital Universitário Santa Maria – ele não corre risco de vida. O dinheiro roubado e o fuzil foram recuperados.
Soldados deverão ser expulsos da Brigada
Presos em flagrante por assalto, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma, os três policiais militares podem receber, como punição máxima, a expulsão da Brigada Militar.
Wilian Vendruscolo de Cordova, 22 anos, soldado temporário do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon) de Santa Maria, Hugo Guilherme Cafieira Rodrigues, 22 anos, e Diego Antunes Soares, 27 anos, ambos soldados do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Porto Alegre, devem ficar presos no Batalhão de Polícia de Guarda de Porto Alegre, à espera da decisão.
Conforme o chefe do Estado Maior do Comando Regional de Policiamento Ostensivo Central, tenente-coronel Wladimir Comassetto, foi aberto um inquérito policial-militar (IPM) para apurar a conduta do trio. Depois, ao final do inquérito, será instalado um procedimento administrativo disciplinar, que pode resultar na expulsão.
– O que aconteceu se trata de uma transgressão grave. A expulsão é considerada nesses casos – afirma Comassetto.
O quarto preso, Paulo Roberto Severo do Nascimento, 24, que não é policial, deve ficar no presídio de Júlio de Castilhos. Agora, a Polícia Civil, a BM e o Exército vão apurar a ligação do quarteto com o roubo de um fuzil 7.62 das Forças Armadas, em 2 de março.
Conforme Comassetto, os quatro serviram na unidade militar de Itaara, de onde o fuzil foi roubado. Ele não soube informar os períodos de serviço e se, eventualmente, houve coincidência entre os períodos de um e de outro.
No dia do roubo em Itaara, três encapuzados renderam um sentinela que estava de serviço. O militar foi agredido e teve um corte na cabeça.
POLICIAIS MILITARES PRESOS
- Wilian Vendruscolo de Cordova, 22 anos – Em maio, completaria três anos de serviço no almoxarifado do 1º Regimento de Polícia Montada (1ºRPMon), em Santa Maria, como soldado temporário. É natural de Tupanciretã;
- Hugo Guilherme Cafieira Rodrigues, 22 anos – Atua como soldado do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Porto Alegre desde outubro de 2009. Mora em Santa Maria;
- Diego Antunes Soares, 27 anos – Atua como soldado do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Porto Alegre desde outubro de 2009. O endereço cadastrado na BM é de Rosário do Sul.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É uma lástima para todos nós desta corporação tradicional e centenária que é a Brigada Militar. Estes bandidos devem ser expulsos exemplarmente e já. É bom que este fato sirva de exemplo para tornar mais eficáz a seleção, o recrutamento, a formação e a escolha dos policiais, especialmente dos integrantes do BOE, além de aumentar a eficácia dos setores de informações da Brigada Militar.
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Esses guris sujaram a farda da brigada militar!!! tem que pegar mais 30 extras por isso.
ResponderExcluirSou militar do EB e servi com o Diego Soares, que foi Sgt Temporário no 4º RCC, não eesperava isso dele, nunca demonstrou índole para esse tipo de coisa, estou muito triste com essa notícia pois torcia por ele por ser pobre, ter família e estar vibrando com a PM, sempre me relatava isso...è uma pena, uma lástima mas merece cadeia e é recuperável acredito nisso...
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