ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

terça-feira, 29 de março de 2011

BICO OFICIAL - OPERAÇÃO DELEGADA PODE DESVIAR 3.500 PMs DA DEDICAÇÃO EXCLUSIVA


Operação Delegada alcança toda SP e 3.500 PMs poderão fazer ''bico oficial''. Ampliação para as 31 subprefeituras e acréscimo de 1/3 no efetivo ocorre em abril; ação já permitiu retirada de 15 mil camelôs das ruas - 29 de março de 2011 - Paulo Saldaña - O Estado de S.Paulo

A Operação Delegada, o "bico oficial" em que policiais militares trabalham para a Prefeitura nas horas vagas, vai ser ampliada para toda a capital paulista. Até o fim de abril, as 31 subprefeituras contarão com PMs para atuar no combate ao comércio ilegal nas ruas. Neste ano, o orçamento já aprovado para a atividade é de R$ 100 milhões - quatro vezes maior do que o de 2010.

A ampliação começa no dia 4 e, de forma gradativa, alcançará as 17 subprefeituras que ainda não contavam com a parceria entre Município e o governo do Estado. A cidade ainda vai receber mais 850 policiais militares nessa nova fase. Contando os que já atuam na atividade, serão cerca de 3.500 homens empenhados até o mês que vem. "No ano passado, dobramos nossa capacidade de fiscalização para 280 mil sacos de produtos ilegais por ano. Queremos chegar a 300 mil", disse o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Ronaldo Camargo.

A secretaria estima que cerca de 15 mil ambulantes foram banidos das ruas, principalmente na região central, onde o problema era mais grave. "Quase 7 mil vendedores irregulares atuavam na área da Rua 25 de Março (importante centro de comércio popular) na época do Natal. Neste ano, esse movimento foi praticamente nulo."

Desde 2005, a Prefeitura restringiu significativamente o número de autorizações para vendedores ambulantes. Hoje, o Município não emite novos Termos de Permissão de Uso (TPU) e revogou cerca de 4 mil nos últimos quatro anos. Os vendedores ambulantes se queixam. "Eles dizem que a gente é ilegal, mas não dão opção de legalidade. A Prefeitura não dá alternativa", diz Jomh Wallis, presidente da Comissão Organizadora Trabalhadora Ambulante (Cotasp), que reúne 2,5 mil ambulantes.

A operação foi iniciada em 2 de dezembro de 2009. Cerca de 250 policiais militares, divididos em três turnos, começaram a patrulhar a região da 25 de Março. Naquele ano, o "bico oficial" estava só em três subprefeituras: Sé, Mooca e Santo Amaro. No ano passado, outras 11 receberam o mesmo esquema.

Com a expansão do convênio, agora em abril, a Subprefeitura da Penha contará com fiscalização também ambiental. No fim de 2009, a Prefeitura já havia acordado com a PM para combater invasões que ocorram em áreas de proteção ambiental ou de risco na região da várzea do Tietê, especialmente em áreas da Subprefeitura de São Miguel.

Criminalidade. A operação é vista com entusiasmo tanto pela Prefeitura quando por governo do Estado e Polícia Militar. Além de praticamente extinguir o comércio ambulante, visto como um problema paulistano histórico, a presença de mais policiais na cidade tem refletido nos índices de criminalidade. Segundo o comando da PM, nas áreas onde existe a operação, os roubos em geral diminuíram 59%. Os furtos caíram 20% e houve diminuição de 29% no furto de veículos.

O bico oficial também é visto como uma ótima opção para os policiais. Por mês, os PMs podem trabalhar até 96 horas na atividade. A remuneração, paga pela Prefeitura, pode chegar a cerca de R$ 1.600 por mês. Além do aumento na renda, o policial evita fazer "bico" fora da corporação. A Prefeitura ainda não descarta aumentar o número de policiais na atividade. Nos próximos três meses, isso será avaliado.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É mais uma prova do amadorismo da política policial brasileira. Ao invés de pagar salários dignos para uma dedicação exclusiva e inteiramente à defesa do cidadão, preferem o "canto da sereia" por miseráveis "abonos" para sacrificar a segurança, a folga, o lazer, o treinamento particular e os momentos felizes dos agentes públicos com seus familiares. Desprezam a importância e essência das múltiplas atividades exercidas por estes agentes públicos que diariamente enfrentam situação de morte, conflitos, emoções e descontrole. Ao invés de visar o combate ao crime, os governantes preferem desviar os policiais de suas finalidades de interesse público, descuidando da paz social e da vida e patrimônio do cidadão. O reflexo desta política destrutiva virão com aumento dos problemas de saúde mental, física e psicológica estimulados pela sobrecarga de trabalho, aliciamento pelo privado, desmotivação pelo dever, intolerância, vícios, estresse, desestruturação familiar, violência e até o suicídio. O futuro verá.

BICO É CRIME, LEGALIZADO OU NÃO, POIS, PARA ATENDER INTERESSE ESCUSOS E FALACIOSOS, SACRIFICA A DEFESA DO CIDADÃO DESVIANDO RECURSOS PÚBLICOS DA PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA E DA INCOLUMIDADE DAS PESSOAS E DO PATRIMÔNIO.

QUEM DEFENDE O "BICO" DESPREZA A CONDIÇÃO HUMANA DO AGENTE POLICIAL E AS DEMANDAS DAS SOCIEDADE POR PAZ SOCIAL.


PAGUE O QUE VALE A VIDA E O ESFORÇO DOS POLICIAIS, E A SOCIEDADE SAIRÁ GANHANDO.

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