NO LADO DO CRIME. PM confessa roubo de fuzil do Exército - ZERO HORA 28/03/2011
Em depoimento à Polícia Civil, o policial militar temporário Wilian Vendruscolo de Cordova, 22 anos, admitiu, no sábado, que ele e seus três comparsas (dois deles também da Brigada Militar) roubaram o fuzil 7.62 da 13ª Companhia Depósito de Armamento e Munição do Exército, em Itaara, na Região Central, no dia 2 de março. O quarteto foi preso na sexta-feira após assaltar uma agência do Sicredi no distrito de Val de Serra, em Júlio de Castilhos, também na Região Central. A arma estava com o grupo.
Conforme o delegado Gabriel Gonzales Zanella, Cordova disse que o grupo planejava o assalto a um banco desde dezembro. Segundo Zanella, o PM contou que, diante da dificuldade do bando em conseguir uma arma de grosso calibre, eles resolveram roubar o fuzil da 13ª Companhia, onde os quatro serviram.
– A ação não aconteceu do dia para a noite. Eles chegaram a sondar bancos de São Sepé e Formigueiro (para assaltar) – conta Zanella.
Na fuga, na sexta-feira, o quarteto trocou tiros com os policiais. Willian foi baleado, atendido no Hospital Universitário de Santa Maria e recebeu alta no sábado. Ele e os soldados do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Porto Alegre Hugo Guilherme Cafieira Rodrigues, 22 anos, e Diego Antunes Soares, 27 anos, estão presos no Batalhão de Polícia de Guarda de Porto Alegre. O outro preso após o assalto, Paulo Roberto Severo do Nascimento, 24 anos, está no presídio de Júlio de Castilhos.
A Justiça concedeu a prisão preventiva dos quatro. Os PMs, agora, serão alvo de um Inquérito Policial-Militar (IPM) e depois de um processo administrativo disciplinar. Se forem expulsos da BM, responderão pelos crimes na Justiça comum.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
segunda-feira, 28 de março de 2011
NO LADO DO CRIME - PM TEMPORÁRIO CONFESSA ROUBO DE FUZIL DO EXÉRCITO
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