ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quarta-feira, 23 de março de 2011

DELEGADOS GAÚCHOS RECLAMAM DE SALÁRIOS E INTERFERÊNCIA

CLASSE DESCONTENTE. Delegados reclamam de salários e interferência

Os delegados gaúchos voltaram a firmar posição contra suposta interferência de suas funções e também pela defasagem salarial. Em nota assinada pelo presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Asdep), Wilson Müller, a categoria aponta que a integração das polícias deve respeitar as atividades legais de cada corporação.

Um dos pontos citados como interferência é o sistema Guardião, equipamento destinado a interceptações telefônicas com autorização judicial –, hoje operado na Secretaria de Segurança Pública pela Brigada Militar.

– Esse aparelho deveria ser usado exclusivamente pela Polícia Civil e passar por uma auditoria independente – sustenta Müller.

Outro ponto que incomoda os delegados é a desatualização dos contracheques. Colocados no mesmo patamar salarial dos servidores da Justiça nos anos 1990, os profissionais acabaram tendo os valores reduzidos na última década, mesmo com a equiparação garantida pelo Supremo Tribunal Federal.

– Eu me aposentei ganhando a mesma coisa que um desembargador. Hoje, os delegados ganham menos da metade que um procurador do Estado – lamenta o presidente da Asdep.

Müller, no entanto, enfatiza que a posição dos delegados não é contra um governo específico.

– Tudo isso é recorrente. Marcamos posição em todos os governos. O governador Tarso Genro está em início de mandato e sabemos que não teve tempo para mudar isso.

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