Sem treinamento específico, PMs começam a atuar em escolas no Rio - FOLHA.COM, 03/05/2012 - 16h18
Os policiais militares escalados para patrulhar escolas estaduais no Rio começaram na quarta-feira (2) a atuar sem terem recebido formação específica para a função. O treinamento só será ministrado a partir da semana que vem.
A decisão de colocar policiais armados nas escolas foi tomada para ampliar a segurança nas unidades. Os PMs atuarão para evitar aliciamento de menores no entorno das instituições, o consumo e venda de drogas e até bullying.
Segundo o coordenador do Proeis (Programa Estadual de Integração da Segurança), coronel Odair Junior, os PMs já possuem capacitação para atuar com crianças, não havendo sendo risco em iniciarem a atividade sem treinamento específico.
"Estamos preparando um programa de treinamento com todos os policiais. Vamos concluir na próxima semana, para termos o perfil do curso. Não podemos perder do horizonte que vamos tratar com adolescentes e crianças. Mas não é uma experiência nova trabalhar com o público menor de 18 anos", disse ele, citando programa de orientação de repressão ao uso de drogas em escolas.
Para o secretário Estadual de Educação, Wilson Risolia, a elaboração do treinamento precisa da análise do início do programa.
"Começamos agora com um piloto. Eles entram em treinamento nas próximas semanas. Precisamos testar o modelo para fazer o ajuste fino necessário", disse ele.
Mais de 400 PMs foram selecionados para atuar em 90 escolas estaduais. Eles atuarão no horário de folga com autorização da corporação e recebem pagamento extra pelo serviço.
O Proeis foi criado para evitar que agentes façam "bico" sem supervisão da PM. Além do convênio com a Secretaria de Educação, há outras 13 entidades públicas e concessionárias que participam do programa, com um total de 3.452 policiais envolvidos.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
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