Porto Alegre, Terça-feira, 29 de Maio de 2012.
É difícil de entender as estratégias dos serviços de inteligência da segurança gaúcha.
Parece-me evidente que o ataque de três assaltantes praticado contra o chefe da Polícia Civil do RS, delegado Ranolfo Vieira Júnior, que chegava em sua residência, em Esteio, na noite de domingo, dirigindo o seu próprio carro, foi praticado por bandidos que não sabiam com quem estavam tratando. Ranolfo, jovem e bem treinado, reagiu a tiros e espantou os criminosos. Em verdade, Ranolfo foi atacado como se um cidadão comum fosse. Nenhuma novidade nisso. Em passado não muito distante, criminosos atacaram, com sucesso, oficiais de escol da Brigada Militar que protegiam o então titular da pasta da Segurança. As armas dos escudeiros foram levadas e nunca recuperadas. Em outro episódio curioso, sumiu misteriosamente a pistola do delegado que, na época, exercia a chefia de Polícia do RS. Tal mistério nunca foi desfeito. Tais fatos são reveladores do cotidiano em que vive toda a sociedade. Os bandidos confiam na incompetência do Estado - não na dos órgãos operacionais da segurança - em insistir em estratégias midiáticas de amostragens eventuais contra a violência e a criminalidade. O chefe da Polícia Civil está tão seguro quanto eu e meus conselheiros em minha torre, ou seja, ninguém está tranquilo. Sigam-me.
Inteligência
Sobre este episódio, não posso deixar revelar minha estranheza no entorno da vulnerabilidade em que os serviços de inteligência da pasta da Segurança Pública colocam a residência, a família e o próprio Ranolfo, chefe de Polícia. Lembro que na festa de aniversário do mesmo Ranolfo a segurança foi irrepreensível. E, agora, se sabe que o chefe de todos os policiais civis gaúchos chega, à noite, em casa, na tumultuada Grande Porto Alegre, dirigindo seu próprio carro. Ranolfo estava solito e reagiu com sua habilidade e acompanhado de um invisível anjo da guarda. Contou com a sorte. Imagino de como se sairia a segurança do governo da transversalidade se uma autoridade do porte de Ranolfo fosse sequestrada.
Banco
O caixa eletrônico do Banrisul, instalado em um supermercado localizado na avenida Protásio Alves, próximo a avenida Manoel Elias, na Zona Leste de Porto Alegre, foi arrombado na madrugada desta segunda-feira. De acordo com a polícia, os criminosos quebraram a parede do estabelecimento e abriram o equipamento com maçarico. As agências bancárias, em sua maioria, são vulneráveis aos ataques mais grotescos da bandidagem durante a noite. Durante o dia, a vigilância é rigorosa contra os clientes.
Façanha
Na manhã de ontem, em Estrela, no Vale do Taquari, dois assaltantes foram baleados depois de atacarem a dona de uma livraria que levava dinheiro para o banco. Eles estavam de moto e acabaram entrando em confronto com equipes do pelotão de operações especiais e da patrulha tático-móvel da cidade, da Brigada Militar, que faziam um treinamento na área. No tiroteio, os dois assaltantes foram feridos e levados ao Hospital de Estrela. O dinheiro roubado foi recuperado.
Dimensão
A Polícia Federal investiga o desaparecimento de cinco mil reais da Casa da Moeda em cédulas de 50 reais. O caso ocorreu em janeiro de 2011, mas só agora foi revelado. Uma comissão interna apurou o desvio, mas não chegou a uma conclusão. Tratando-se da Casa da Moeda, localizada no distrito industrial de Santa Cruz, Rio de Janeiro, a importância é irrisória, mas a façanha é de grande dimensão.
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