FOLHA.COM 24/07/2013 - 14h41
'UPPs não podem definir vida dos moradores', diz representante da Igreja
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
A Igreja Católica acompanha com atenção a relação entre moradores e governo do Rio nas favelas ocupadas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Segundo o padre Luiz Antônio Pereira, coordenador da pastoral das favelas da Arquidiocese do Rio, o comando das UPPs não pode definir o que fazem ou não as pessoas. "Nos últimos dez anos, as lideranças comunitárias foram cooptadas pelo poder público, pelo tráfico de drogas ou pelas milícias. Essa tutela agora não pode ser da UPP", afirma.
"O governo parece não ter muita clareza sobre qual será o futuro das UPPs. É claro que não queremos que o tráfico ou as milícias sejam os mediadores da comunidade junto ao poder público mas também isso não pode acontecer sob a tutela policial", disse o padre Pereira.
De acordo com ele, isso já foi discutido em reuniões de representantes da igreja com o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame e presidentes de associações de moradores. "O próprio secretário já comentou que se não há outras secretarias envolvidas isso (o projeto) não vai funcionar", disse o coordenador da pastoral.
O padre ainda esclarece que a pastoral de favelas está presente em todas as comunidades carentes do Rio. De acordo com o censo de 2010 do IBGE há 1.071 favelas na cidade. "Estamos em todas. Em algumas, como o Complexo do Alemão ou da Maré temos mais de uma paróquia e várias capelas", afirmou.
'UPPs não podem definir vida dos moradores', diz representante da Igreja
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
A Igreja Católica acompanha com atenção a relação entre moradores e governo do Rio nas favelas ocupadas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Segundo o padre Luiz Antônio Pereira, coordenador da pastoral das favelas da Arquidiocese do Rio, o comando das UPPs não pode definir o que fazem ou não as pessoas. "Nos últimos dez anos, as lideranças comunitárias foram cooptadas pelo poder público, pelo tráfico de drogas ou pelas milícias. Essa tutela agora não pode ser da UPP", afirma.
"O governo parece não ter muita clareza sobre qual será o futuro das UPPs. É claro que não queremos que o tráfico ou as milícias sejam os mediadores da comunidade junto ao poder público mas também isso não pode acontecer sob a tutela policial", disse o padre Pereira.
De acordo com ele, isso já foi discutido em reuniões de representantes da igreja com o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame e presidentes de associações de moradores. "O próprio secretário já comentou que se não há outras secretarias envolvidas isso (o projeto) não vai funcionar", disse o coordenador da pastoral.
O padre ainda esclarece que a pastoral de favelas está presente em todas as comunidades carentes do Rio. De acordo com o censo de 2010 do IBGE há 1.071 favelas na cidade. "Estamos em todas. Em algumas, como o Complexo do Alemão ou da Maré temos mais de uma paróquia e várias capelas", afirmou.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - E quem disse a ele que a UPP "define vida dos moradores". Para um bom padre é um péssimo analista de segurança pública. Enquanto o tráfico e as milícias tutelavam a vida os moradores, os policiais das UPP são apenas escudos de proteção, sem gerenciar o que devem ou não fazer os moradores.
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