Batalhão de Choque usa bombas para afastar manifestantes do Copacabana Palace. Policiais também usaram spray de pimenta. Um jovem foi atingido na testa por um cinzeiro, que teria sido jogado da sacada do hotel
LEONARDO BARROS
O GLOBO
Atualizado:14/07/13 - 8h06
Policiais militares do Batalhão de Choque foram acionados para acabar com a manifestação no Copacabana Palace Hudson Pontes / Agência O Globo
RIO - Um grupo de aproximadamente 100 manifestantes, que realizava um protesto em frente ao Copacabana Palace, em Copacabana, Zona Sul, foi afastado do local por policiais militares do Batalhão de Choque (BPChq), na madrugada deste domingo. Apesar do protesto não ter apresentado sinais de vandalismo, os PMs chegaram atirando bombas de efeito moral e spray de pimenta. Poucos minutos antes da ação policial, um manifestante foi atingido na testa por um cinzeiro que, segundo ele, teria sido jogado da sacada do segundo andar do hotel. Após o confronto, algumas pessoas voltaram para a entrada principal do prédio e permaneceram no local.
Desde o fim da noite de sábado, a glamourosa entrada do Copacabana Palace, que atrai turistas de todas as partes do Brasil e do mundo, virou palco da continuidade do protesto contra o sistema de transportes do Rio. O ato foi iniciado mais cedo em frente à Igreja do Carmo, no Centro, onde Beatriz Perissé Barata, neta do empresário Jacob Barata, considerado o "Rei dos Ônibus" do Rio, se casou com Francisco Feitosa Filho, herdeiro do ex-deputado federal cearense Chiquinho Feitosa.
No Copacabana Palace, os manifestantes continuaram gritando palavras de ordem e fazendo barulho com apitos e latas. Eles cercaram todas as entradas do hotel. Em vários momentos, o grupo trocou ofensas com os convidados da festa. De acordo com alguns manifestantes, pessoas chegaram a mostrar notas de R$ 20 e R$ 100 da janela do hotel. Quando alguém deixava a festa, o grupo continuava gritando frases como "Não vai sair" e "Não vai de táxi, pega um 'busão'" e barravam os carros que tentavam buscar os convidados.
Alguns convidados reagiram a ação e chegaram a entrar em conflito com os manifestantes. Durante um empurra-empurra na entrada principal do hotel, o estudante Ruan Martins Nascimento, de 24 anos, foi atingido na testa por um cinzeiro que, segundo o jovem, teria sido arremessado da sacado do hotel. Com um corte, Ruan levou seis pontos e teve que ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana.
- Fui tentar separar um briga, pois uma convidada empurrou uma menina que estava com a gente. Nesse momento, fui atingido pelo cinzeiro. Fiquei sem ação e só consegui perceber que o objeto foi atirado da parte de cima do hotel. Não tinha motivo para uma violência desse tipo. Depois disso, os policiais chegaram atirando bombas - contou Ruan, que está na 12ª DP (Copacabana) registrando o fato.
Logo após o incidente, por volta das 3h, os policiais do BPChq chegaram e afastaram os manifestantes. Revoltados, alguns dos jovens que estavam no protesto jogaram pedras contra o prédio e fizeram pichações. Antes disso, apenas seguranças do hotel e cerca de 20 policiais militares do 19ª BPM (Copacabana) faziam a segurança do Local.
Com a entrada principal vazia, uma fila de carros se formou para a saída dos convidados. Apesar do confronto, as provocações nas janelas do hotel aumentaram. Nem mesmo com a utilização de spray de pimenta, os manifestantes desistiram de voltar para a rua.
Atualizado:14/07/13 - 8h06
Policiais militares do Batalhão de Choque foram acionados para acabar com a manifestação no Copacabana Palace Hudson Pontes / Agência O Globo
RIO - Um grupo de aproximadamente 100 manifestantes, que realizava um protesto em frente ao Copacabana Palace, em Copacabana, Zona Sul, foi afastado do local por policiais militares do Batalhão de Choque (BPChq), na madrugada deste domingo. Apesar do protesto não ter apresentado sinais de vandalismo, os PMs chegaram atirando bombas de efeito moral e spray de pimenta. Poucos minutos antes da ação policial, um manifestante foi atingido na testa por um cinzeiro que, segundo ele, teria sido jogado da sacada do segundo andar do hotel. Após o confronto, algumas pessoas voltaram para a entrada principal do prédio e permaneceram no local.
Desde o fim da noite de sábado, a glamourosa entrada do Copacabana Palace, que atrai turistas de todas as partes do Brasil e do mundo, virou palco da continuidade do protesto contra o sistema de transportes do Rio. O ato foi iniciado mais cedo em frente à Igreja do Carmo, no Centro, onde Beatriz Perissé Barata, neta do empresário Jacob Barata, considerado o "Rei dos Ônibus" do Rio, se casou com Francisco Feitosa Filho, herdeiro do ex-deputado federal cearense Chiquinho Feitosa.
No Copacabana Palace, os manifestantes continuaram gritando palavras de ordem e fazendo barulho com apitos e latas. Eles cercaram todas as entradas do hotel. Em vários momentos, o grupo trocou ofensas com os convidados da festa. De acordo com alguns manifestantes, pessoas chegaram a mostrar notas de R$ 20 e R$ 100 da janela do hotel. Quando alguém deixava a festa, o grupo continuava gritando frases como "Não vai sair" e "Não vai de táxi, pega um 'busão'" e barravam os carros que tentavam buscar os convidados.
Alguns convidados reagiram a ação e chegaram a entrar em conflito com os manifestantes. Durante um empurra-empurra na entrada principal do hotel, o estudante Ruan Martins Nascimento, de 24 anos, foi atingido na testa por um cinzeiro que, segundo o jovem, teria sido arremessado da sacado do hotel. Com um corte, Ruan levou seis pontos e teve que ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana.
- Fui tentar separar um briga, pois uma convidada empurrou uma menina que estava com a gente. Nesse momento, fui atingido pelo cinzeiro. Fiquei sem ação e só consegui perceber que o objeto foi atirado da parte de cima do hotel. Não tinha motivo para uma violência desse tipo. Depois disso, os policiais chegaram atirando bombas - contou Ruan, que está na 12ª DP (Copacabana) registrando o fato.
Logo após o incidente, por volta das 3h, os policiais do BPChq chegaram e afastaram os manifestantes. Revoltados, alguns dos jovens que estavam no protesto jogaram pedras contra o prédio e fizeram pichações. Antes disso, apenas seguranças do hotel e cerca de 20 policiais militares do 19ª BPM (Copacabana) faziam a segurança do Local.
Com a entrada principal vazia, uma fila de carros se formou para a saída dos convidados. Apesar do confronto, as provocações nas janelas do hotel aumentaram. Nem mesmo com a utilização de spray de pimenta, os manifestantes desistiram de voltar para a rua.
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