ZERO HORA 30 de julho de 2013 | N° 17507
MASSACRE DO CARANDIRU. Para perito, não houve confronto
Durante o primeiro depoimento da segunda fase do júri do Massacre do Carandiru, o perito criminal Osvaldo Negrini Neto voltou a afirmar que não havia indícios de confronto entre presos e PMs no interior do Pavilhão 9. – Não há nenhuma prova técnica que possa amparar uma visão (de que os presos haviam atirado de dentro das celas contra policiais). Se fosse assim, as paredes estariam repletas de tiros e haveria policiais mortos – afirmou.
Esta é a segunda etapa do julgamento sobre o massacre que levou à morte de 111 presos após uma rebelião na penitenciária em 1992. Nesse novo júri, estão sendo julgados 26 policiais militares que participaram da ação no segundo andar do pavilhão, onde 73 presos teriam morrido.
Com base em fotos apresentadas pelos promotores Fernando Pereira da Silva e Eduardo Olavo Canto Neto, o perito afirmou que dentro das celas dos presos havia vestígios de rajadas de metralhadoras e de sangue, o que indicaria que os presos foram mortos dentro desses locais.
Também foram exibidas fotos que mostravam os corpos dos presos empilhados no primeiro andar da Casa de Detenção. Entre eles, alguns estavam sem roupas.
Em seguida, Canto Neto questionou o perito se, naquela noite, homens nus carregaram corpos de detentos mortos e a resposta foi sim, dando a entender que alguns presos podem ter sido mortos após o término da ação nos andares, quando ajudavam os policiais a carregar os mortos.
Negrini também foi testemunha da acusação na primeira etapa do julgamento, em abril, quando 23 PMs que entraram no primeiro andar do prédio foram condenados a 156 anos de prisão cada. Assim como naquela ocasião, ele voltou a dizer que teve dificuldade para periciar o local logo após o massacre, pois não havia energia elétrica. Quando retornou ao local, uma semana depois, as celas já haviam sido lavadas.
A pedido da defesa dos policiais, o perito explicou como chegou à conclusão de que 73 presos haviam sido mortos naquele pavimento, onde entraram os policiais que começaram a ser julgados hoje. Ele afirmou que cruzou o número de disparos localizados em cada cela com os nomes dos detentos mortos. Segundo ele, esse era o andar em que “moravam” os 73 mortos e havia quantidade de vestígios de tiros compatível com essa quantidade de mortos.
MASSACRE DO CARANDIRU. Para perito, não houve confronto
Durante o primeiro depoimento da segunda fase do júri do Massacre do Carandiru, o perito criminal Osvaldo Negrini Neto voltou a afirmar que não havia indícios de confronto entre presos e PMs no interior do Pavilhão 9. – Não há nenhuma prova técnica que possa amparar uma visão (de que os presos haviam atirado de dentro das celas contra policiais). Se fosse assim, as paredes estariam repletas de tiros e haveria policiais mortos – afirmou.
Esta é a segunda etapa do julgamento sobre o massacre que levou à morte de 111 presos após uma rebelião na penitenciária em 1992. Nesse novo júri, estão sendo julgados 26 policiais militares que participaram da ação no segundo andar do pavilhão, onde 73 presos teriam morrido.
Com base em fotos apresentadas pelos promotores Fernando Pereira da Silva e Eduardo Olavo Canto Neto, o perito afirmou que dentro das celas dos presos havia vestígios de rajadas de metralhadoras e de sangue, o que indicaria que os presos foram mortos dentro desses locais.
Também foram exibidas fotos que mostravam os corpos dos presos empilhados no primeiro andar da Casa de Detenção. Entre eles, alguns estavam sem roupas.
Em seguida, Canto Neto questionou o perito se, naquela noite, homens nus carregaram corpos de detentos mortos e a resposta foi sim, dando a entender que alguns presos podem ter sido mortos após o término da ação nos andares, quando ajudavam os policiais a carregar os mortos.
Negrini também foi testemunha da acusação na primeira etapa do julgamento, em abril, quando 23 PMs que entraram no primeiro andar do prédio foram condenados a 156 anos de prisão cada. Assim como naquela ocasião, ele voltou a dizer que teve dificuldade para periciar o local logo após o massacre, pois não havia energia elétrica. Quando retornou ao local, uma semana depois, as celas já haviam sido lavadas.
A pedido da defesa dos policiais, o perito explicou como chegou à conclusão de que 73 presos haviam sido mortos naquele pavimento, onde entraram os policiais que começaram a ser julgados hoje. Ele afirmou que cruzou o número de disparos localizados em cada cela com os nomes dos detentos mortos. Segundo ele, esse era o andar em que “moravam” os 73 mortos e havia quantidade de vestígios de tiros compatível com essa quantidade de mortos.
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