Um policial já foi afastado do Batalhão de Choque. Erir Ribeiro Costa Filho reconheceu que nos últimos protestos os policiais se excederam
ANA CLÁUDIA COSTA
O GLOBO
Atualizado:17/07/13 - 11h41
RIO - O Comandante da PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, disse no início da tarde desta terça-feira que a partir da agora a polícia irá utilizar menos gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que tentam fazer badernas após atos de protestos democráticos. Ele reconheceu que nos últimos protestos os policiais acabaram por se exceder na utilização do gás lacrimogêneo, que é um armamento não letal. Por conta de alguns excessos cometidos por policiais, Costa Filho acrescentou que um oficial já foi afastado do Batalhão de Choque.
O comandante esclareceu, no entanto, que os policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo na Casa de Saúde Pinheiro Machado, na quinta-feira passada, para conter manifestantes que tentavam invadir o local. A afirmação foi confirmada pelo diretor da casa de saúde, que na segunda-feira, através de um email, agradeceu à PM por ter retirado de dentro da clínica manifestantes que invadiram o local e também setores internos como farmácia, banheiros e quartos de pacientes.
Nesta terça-feira, a PM divulgou imagens feitas pelo Serviço Reservado da corporação ao longo de manifestações que mostram a ação do grupo Black Bloc. Os integrantes usam roupas pretas e máscaras nos protestos. O grupo provoca a polícia e lidera baderna e depredações de prédios públicos. O grupo tem sido filmado pelo serviço reservado da PM em vários protestos realizados desde o início de junho. Em uma das imagens feitas, na manifestação de 20 de junho, policiais mostram baderneiros perto da sede dos Correios.
Governo do Rio admite excessos da polícia durante protestos
O secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, Zaqueu Teixeira, admitiu nesta segunda-feira que houve excessos nas ações da Polícia Militar durante as manifestações que aconteceram nas ruas da capital fluminense. Segundo ele, em razão disso, há policiais militares afastados das operações de repressão a atos de vandalismo. Teixeira disse não saber quantos foram retirados da função. O secretário informou também que será criado um curso de capacitação em direitos humanos para os PMs que atuam na ponta dos protestos, o que inclui policiais de unidades onde os eventos têm ocorrido e do Batalhão de Choque.
As informações foram dadas após três horas de reunião com o comandante da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho; o corregedor da PM, coronel Waldir Soares; o diretor executivo da Anistia Internacional Brasil, Átila Roque; Marcelo Chalreo, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ; e Pedro Strozenberg, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, além de representantes de outros órgãos.
— Chegou-se à conclusão de que alguns procedimentos precisam ser aperfeiçoados. Houve excessos no uso de gás (lacrimogêneo) e de outros equipamentos não letais. Precisamos que ele (policial militar) possa dosar e fazer uso moderado da força. Junto com a Secretaria de Segurança, vamos criar um grupo de trabalho que possa regular o comportamento desses policiais, com normas de procedimento. Em 30 dias, estaremos anunciando a grade curricular da capacitação — disse Zaqueu Teixeira.
Atualizado:17/07/13 - 11h41
RIO - O Comandante da PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, disse no início da tarde desta terça-feira que a partir da agora a polícia irá utilizar menos gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que tentam fazer badernas após atos de protestos democráticos. Ele reconheceu que nos últimos protestos os policiais acabaram por se exceder na utilização do gás lacrimogêneo, que é um armamento não letal. Por conta de alguns excessos cometidos por policiais, Costa Filho acrescentou que um oficial já foi afastado do Batalhão de Choque.
O comandante esclareceu, no entanto, que os policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo na Casa de Saúde Pinheiro Machado, na quinta-feira passada, para conter manifestantes que tentavam invadir o local. A afirmação foi confirmada pelo diretor da casa de saúde, que na segunda-feira, através de um email, agradeceu à PM por ter retirado de dentro da clínica manifestantes que invadiram o local e também setores internos como farmácia, banheiros e quartos de pacientes.
Nesta terça-feira, a PM divulgou imagens feitas pelo Serviço Reservado da corporação ao longo de manifestações que mostram a ação do grupo Black Bloc. Os integrantes usam roupas pretas e máscaras nos protestos. O grupo provoca a polícia e lidera baderna e depredações de prédios públicos. O grupo tem sido filmado pelo serviço reservado da PM em vários protestos realizados desde o início de junho. Em uma das imagens feitas, na manifestação de 20 de junho, policiais mostram baderneiros perto da sede dos Correios.
Governo do Rio admite excessos da polícia durante protestos
O secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, Zaqueu Teixeira, admitiu nesta segunda-feira que houve excessos nas ações da Polícia Militar durante as manifestações que aconteceram nas ruas da capital fluminense. Segundo ele, em razão disso, há policiais militares afastados das operações de repressão a atos de vandalismo. Teixeira disse não saber quantos foram retirados da função. O secretário informou também que será criado um curso de capacitação em direitos humanos para os PMs que atuam na ponta dos protestos, o que inclui policiais de unidades onde os eventos têm ocorrido e do Batalhão de Choque.
As informações foram dadas após três horas de reunião com o comandante da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho; o corregedor da PM, coronel Waldir Soares; o diretor executivo da Anistia Internacional Brasil, Átila Roque; Marcelo Chalreo, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ; e Pedro Strozenberg, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, além de representantes de outros órgãos.
— Chegou-se à conclusão de que alguns procedimentos precisam ser aperfeiçoados. Houve excessos no uso de gás (lacrimogêneo) e de outros equipamentos não letais. Precisamos que ele (policial militar) possa dosar e fazer uso moderado da força. Junto com a Secretaria de Segurança, vamos criar um grupo de trabalho que possa regular o comportamento desses policiais, com normas de procedimento. Em 30 dias, estaremos anunciando a grade curricular da capacitação — disse Zaqueu Teixeira.
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