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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

LIMPARAM CENA DE ASSASSINATO DUPLO


FOLHA.COM 07/12/2012 - 04h40

PMs 'limparam' cena de assassinato duplo na zona sul, dizem moradores

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO


Testemunhas de um duplo assassinato e de três tentativas de homicídio disseram que três policiais militares mudaram a cena do crime no Jardim São Luís, bairro da zona sul de São Paulo.

Quatro vizinhos e familiares das vítimas disseram à Folha que os PMs que atenderam a ocorrência na rua Sebastião Dias Fragoso, na noite da terça-feira, recolheram as cápsulas dos projéteis disparados contra as vítimas, passaram álcool nelas e as colocaram em uma sacola, que levavam consigo.

Em seguida, colocaram o corpo de uma das vítimas, o desempregado Fernando de Assis Oliveira, 23, dentro do carro oficial em que estavam.

"Os PMs foram socorrer um morto. O cara levou cinco tiros no peito, não respirava e, mesmo assim, os policiais enfiaram ele dentro da viatura como se estivesse vivo. Bagunçaram a cena do crime", disse uma das testemunhas.

A PM afirmou que as denúncias são "graves" e que elas serão investigadas, mas pediu que testemunhas procurem a Corregedoria para dar detalhes do caso. Moradores disseram à Folha, porém, que não denunciarão, porque temem retaliação.

Três peritos criminais consultados pela Folha disseram que o procedimento dos PMs foi errado. "Deveriam preservar a área e não destruir as provas", disse um deles.
as mortes

Os crimes ocorreram por volta das 22h40. Sete amigos conversavam na frente da casa de um deles quando uma moto, com dois homens de capacetes brancos e coturnos pretos, se aproximou.

Um dos amigos viu que a moto tinha a placa coberta e avisou aos demais, que correram. Temiam ser vítimas de "motoqueiros fantasmas" que, no dia 23 mataram três pessoas num bar.
Oliveira correu para frente da casa do manobrista Alexandre Machado Valenciano, 19, que voltava da aula. Cada um foi atingido por cinco tiros. Ambos morreram.

Na sequência, os motoqueiros foram a um bar e atingiram outras três pessoas, que não morreram.

Colaborou RAFAEL ITALIANI, do "Agora"

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