CORREIO DO POVO, 04/09/2012
Tarso exige abordagem sem conflito
O governador Tarso Genro solicitou ontem ao comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, que sejam aplicadas técnicas de abordagem que evitem o acirramento de conflitos com a população.
Em nota oficial, Tarso pediu, ainda, encontro para tratar do episódio ocorrido na última sexta-feira, no Parque Marinha do Brasil, quando dois PMs foram fotografados derrubando um homem acompanhado da mulher e da filha, um bebê de colo.
O empresário Daniel Venuto alegou estar fotografando a abordagem dos policiais a skatistas na região quando também foi tratado com truculência pelos policiais.
O Comando de Policiamento da Capital (CPC) abriu inquérito para apurar o caso. Em depoimento informal, os três policiais disseram que o empresário teria resistido à abordagem.
O caso também é investigado pela 2 DP. O delegado César Carrion deve ouvir nos próximos dias os três PMs, antes de enviar o caso à Justiça Comum.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
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