CORREIO BRAZILIENSE, 29/08/2012 16:17
Agência Brasil
Brasília - A atuação da Força Nacional de Segurança Pública no Distrito Federal (DF) vai reforçar a segurança mas, na prática, a presença dos agentes não terá um grande impacto na rotina do combate ao crime no Distrito Federal, conforme avaliação do comandante da Polícia Militar, coronel Suamy Santana.
“O efetivo que está sendo ofertado, numa escala de 12 por 48 horas, dá algo como 20 homens atuando por dia. É um apoio importante, mas, efetivamente, é muito ínfimo dentro da realidade da segurança pública”, admitiu o comandante, acrescentando que, dos 133 agentes da Força Nacional que vão atuar na divisa do DF com Goiás, 53 já haviam sido cedidos pelo próprio Distrito Federal ao Ministério da Justiça.
“Raciocinar que isso é um choque na segurança pública é uma distância muito grande. Esta é uma situação pontual”, concluiu Santana, negando que a presença da tropa nacional tenha causado mal-estar entre os policiais militares, mas revelando que o comando da Polícia Militar não foi previamente consultado sobre o acordo de cooperação firmado pelo governo distrital com o Ministério da Justiça.
“Houve sim um mal-estar causado pela má interpretação da decisão de aceitar a cooperação, mas isso porque muitas vezes a informação é truncada, o que cria um mal-estar entre os policiais que estão lá na ponta, fazendo seu serviço de forma benfeita, pois, em um primeiro momento parece uma intervenção e não é nada disso", disse.
O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, também reconhece que a Força Nacional terá um trabalho pontual, que não vai acabar com a necessidade de ampliar o número de policiais militares e civis. Embora admita a “carência” de policiais, Avelar negou que o DF não tenha condições de, sozinho, combater os casos de sequestro-relâmpago, tráfico de drogas e roubos de veículos e outras ocorrências.
“Precisamos ampliar os quadros das polícias Militar e Civil de maneira significativa. Independente da ajuda da Força Nacional, que é pontual, o governo do Distrito Federal vai sim ampliar os quadros das corporações”, garantiu o secretário, destacando que os agentes da Força Nacional, disponibilizados pelo Ministério da Justiça, não vão atuar no policiamento ostensivo, mas sim reforçar o policiamento nas vias de saída da capital federal, onde serão montadas barreiras (blitz) para impedir que criminosos deixem o DF com veículos roubados e vítimas de sequestro-relâmpago, além da entrada de drogas na capital federal.
“Não estamos substituindo [os policiais locais pelos agentes da Força Nacional]. A chegada da Força Nacional vem nos fortalecer para que possamos atuar pontualmente nas fronteiras do Distrito Federal e controlar nossas fronteiras [com a chamada região do Entorno, formada por vários municípios goianos que, economicamente, estão sob área de influência do Distrito Federal]”, disse Avelar.
Com cerca de 2,5 milhões de habitantes, o Distrito Federal conta, hoje, com 15 mil policiais militares e pouco menos de 6 mil civis. De acordo com Avelar, a meta do governo é chegar a 17 mil e 8 mil, respectivamente, até 2014.
Ao todo, foram mapeados 39 pontos onde as barreiras móveis serão instaladas, podendo ser deslocadas de um local a outro conforme o plano de trabalho. A preocupação, segundo o secretário, é resultado de um levantamento que identificou que de cada três veículos roubados no Distrito Federal, um é levado por pessoas “de fora” da capital, “principalmente do Entorno”. “É uma estatística preocupante”, disse.
Segundo o secretário, a presença de agentes da tropa, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e formada por policiais militares e bombeiros cedidos por várias unidades da federação, foi sugerida pela secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, durante uma reunião ocorrida no último dia 2, na Casa Civil da Presidência da República.
“Aceitamos, pois nosso objetivo é reduzir ao máximo a criminalidade e toda a ajuda é bem-vinda”, disse o secretário.
Presença da Força Nacional vai ajudar na capacitação de policiais
Agência Brasil, 02/09/2012 20:10
“O efetivo que está sendo ofertado, numa escala de 12 por 48 horas, dá algo como 20 homens atuando por dia. É um apoio importante, mas, efetivamente, é muito ínfimo dentro da realidade da segurança pública”, admitiu o comandante, acrescentando que, dos 133 agentes da Força Nacional que vão atuar na divisa do DF com Goiás, 53 já haviam sido cedidos pelo próprio Distrito Federal ao Ministério da Justiça.
“Raciocinar que isso é um choque na segurança pública é uma distância muito grande. Esta é uma situação pontual”, concluiu Santana, negando que a presença da tropa nacional tenha causado mal-estar entre os policiais militares, mas revelando que o comando da Polícia Militar não foi previamente consultado sobre o acordo de cooperação firmado pelo governo distrital com o Ministério da Justiça.
“Houve sim um mal-estar causado pela má interpretação da decisão de aceitar a cooperação, mas isso porque muitas vezes a informação é truncada, o que cria um mal-estar entre os policiais que estão lá na ponta, fazendo seu serviço de forma benfeita, pois, em um primeiro momento parece uma intervenção e não é nada disso", disse.
O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, também reconhece que a Força Nacional terá um trabalho pontual, que não vai acabar com a necessidade de ampliar o número de policiais militares e civis. Embora admita a “carência” de policiais, Avelar negou que o DF não tenha condições de, sozinho, combater os casos de sequestro-relâmpago, tráfico de drogas e roubos de veículos e outras ocorrências.
“Precisamos ampliar os quadros das polícias Militar e Civil de maneira significativa. Independente da ajuda da Força Nacional, que é pontual, o governo do Distrito Federal vai sim ampliar os quadros das corporações”, garantiu o secretário, destacando que os agentes da Força Nacional, disponibilizados pelo Ministério da Justiça, não vão atuar no policiamento ostensivo, mas sim reforçar o policiamento nas vias de saída da capital federal, onde serão montadas barreiras (blitz) para impedir que criminosos deixem o DF com veículos roubados e vítimas de sequestro-relâmpago, além da entrada de drogas na capital federal.
“Não estamos substituindo [os policiais locais pelos agentes da Força Nacional]. A chegada da Força Nacional vem nos fortalecer para que possamos atuar pontualmente nas fronteiras do Distrito Federal e controlar nossas fronteiras [com a chamada região do Entorno, formada por vários municípios goianos que, economicamente, estão sob área de influência do Distrito Federal]”, disse Avelar.
Com cerca de 2,5 milhões de habitantes, o Distrito Federal conta, hoje, com 15 mil policiais militares e pouco menos de 6 mil civis. De acordo com Avelar, a meta do governo é chegar a 17 mil e 8 mil, respectivamente, até 2014.
Ao todo, foram mapeados 39 pontos onde as barreiras móveis serão instaladas, podendo ser deslocadas de um local a outro conforme o plano de trabalho. A preocupação, segundo o secretário, é resultado de um levantamento que identificou que de cada três veículos roubados no Distrito Federal, um é levado por pessoas “de fora” da capital, “principalmente do Entorno”. “É uma estatística preocupante”, disse.
Segundo o secretário, a presença de agentes da tropa, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e formada por policiais militares e bombeiros cedidos por várias unidades da federação, foi sugerida pela secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, durante uma reunião ocorrida no último dia 2, na Casa Civil da Presidência da República.
“Aceitamos, pois nosso objetivo é reduzir ao máximo a criminalidade e toda a ajuda é bem-vinda”, disse o secretário.
Presença da Força Nacional vai ajudar na capacitação de policiais
Agência Brasil, 02/09/2012 20:10
Brasília – Os estados que solicitam ao Ministério da Justiça a presença da Força Nacional de Segurança Pública devem procurar contratar mais policiais civis e militares. A recomendação é da secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki.
De acordo com a secretária, os governos estaduais que recebem o reforço têm que lembrar que a ajuda é temporária. Por isso, devem preparar as condições para que a tropa especial possa deixar o município dentro dos prazos previstos, sem prejuízo ao trabalho desenvolvido.
“A força faz parte de um programa de auxílio aos estados, mas não pode ficar permanentemente em um mesmo local, nem substituir as forças de segurança locais. Desejamos que os governos preparem [as condições para] a saída do efetivo enviado pelo governo federal, capacitando suas polícias para que possam dar continuidade às ações de segurança pública”, disse Regina.
Ela explicou a forma como vai atuar o contingente que, a pedido do governo de Goiás, permanecerá por mais três meses no Entorno do Distrito Federal, além dos 133 homens que chegarão Brasília nos próximos dias.
"Em Goiás, o acordo era para a Força Nacional atuar nas cinco localidades com os maiores índices de homicídio. Tem um ano e cinco meses que estamos lá. O número de ocorrências caiu, mas não houve aumento do efetivo goiano durante este período. O efetivo do Distrito Federal é suficiente para cobrir seu território, mas não para policiar as divisas com Goiás", comentou Regina.
O secretário Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, falou a respeito do déficit de policiais e reconheceu que a presença das tropas federais não elimina a necessidade da contratação de novos policiais.
Segundo Regina Miki, as duas frentes vão agir em conjunto. Nas cidades goianas do Entorno do Distrito Federal, onde homens da força especial atuam desde março de 2011, a tropa continuará auxiliando no policiamento ostensivo e na resolução de inquéritos policiais parados por falta de profissionais. No Distrito Federal, o efetivo atuará em blitz nas estradas a fim de evitar a entrada de drogas e a ação de criminosos que deixam Brasília com veículos roubados e vítimas de sequestros-relâmpago.
Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, de cada três furtos de veículos registrados na capital federal, um é praticado por criminosos que fogem para o entorno, onde muitos deles vivem.
Para garantir a eficácia das ações, a secretária garante ter recomendado às secretarias de segurança pública de Goiás e do Distrito Federal a reativação o gabinete de gestão integrada e a retomada das reuniões conjuntas.
“O gabinete existe, mas suas atividades foram interrompidas, o que é algo injustificável e que não sabemos o motivo, se foi por mudanças de governos. Agora, concluímos que este gabinete tem que funcionar porque não se pode dizer que não há uma crise de segurança pública na divisa entre o Distrito Federal e Goiás e isso só será resolvido conjuntamente”, disse.
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