FOLHA.COM 14/09/2012 - 09h59
Soldado da PM é morto a tiros na favela da Rocinha, no Rio
DIANA BRITO
DO RIO
Um soldado da Polícia Militar foi morto a tiros na noite de ontem durante um patrulhamento na favela da Rocinha, na região de São Conrado, na zona sul do Rio. Com isso, foi reforçado o policiamento no local nesta sexta-feira.
Segundo a assessoria da PM, Diego Bruno Barbosa Henriques, 25, foi morto a tiros por volta das 23h numa localidade conhecida como 199. Ele foi atingido por disparos de pistola quando fazia ronda a pé com outros três policiais. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
A polícia não confirmou se o PM fazia parte da equipe recém-formada que treina na favela para integrar novos postos de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) no Estado. Está prevista para a próxima semana, a instalação de uma unidade da Rocinha.
Após a morte de Henriques, a polícia fez buscas na região, mas nenhum suspeito tinha sido preso na manhã desta sexta. A polícia já realiza uma operação na comunidade desde novembro do ano passado para a instalação da UPP.
Em abril, outro policial foi morto na Rocinha. Rodrigo Alves, 33, também fazia parte do efetivo da Rocinha e foi baleado durante uma ronda a pé na comunidade.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
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