SBT Brasil 19/9/2012 às 20:01
Exclusivo:
Cresce o número de PMs que cometem suicídio
Longe das manchetes, a realidade de muitos policiais militares na guerra contra o crime é cruel. Agentes com anos e até décadas de corporação tentam o suicídio.
Um soldado recebe, em média, R$ 2 mil. Se afastados, eles ficam sem as gratificações e o salário cai pela metade. Nas ruas, o desafio que eles têm é grande: frear a criminalidade da maior cidade do país.
Isso gera uma média de dois policiais que cometem o suicídio por mês. Só este ano, 21 agentes se mataram e outros 24 tentaram e não conseguiram. Em 2010, foram 17 suicídio e 32 tentativas. No ano passado, 21 PMs se mataram e 30 tentaram.
A Polícia Militar de São Paulo afirmou que os PMs são avaliados regularmente por psicólogos e que dá todo apoio necessário aos agentes que apresentam problemas de saúde.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
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