ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

CADETE DA PM É EXECUTADO COM CRUELDADE PELO TRÁFICO

JORNAL MEIA HORA - 10/09/2012 00:27

Crueldade na Favela da Chatuba. PM morto por bando que estava em festa 


 
Assassinato de cadete teria sido ‘oferecido’ a traficante que comemorava aniversário


A polícia investiga se o cadete da Polícia Militar Jorge Augusto de Souza Alves Júnior, de 34 anos, foi executado por traficantes da Favela da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense. O corpo do policial foi encontrado na manhã de sábado, com sinais de tortura e atingido por tiros de grosso calibre, dentro do porta-malas de seu Fox preto, próximo ao 20º BPM (Mesquita).

As investigações iniciais apontam que, na noite de seu desaparecimento, havia um baile na comunidade pelo aniversário de um traficante. De acordo com uma fonte da PM, a morte de Jorge Augusto teria sido oferecida como "presente" ao marginal, conhecido como Ratinho.

A chave para esclarecer o assassinato do cadete pode ser uma mulher ainda não identificada, que o acompanhava na saída de uma festa no Clube Lisboa, em Mesquita. Alves chegou ao local com amigos, que saíram da festa cedo. O policial, então, teria levado a tal mulher até a casa dela, na Chatuba. Mas teria entrado na favela com farol alto - o que é proibido no ‘código de conduta' imposto pelos traficantes aos moradores.

Segundo o delegado Júlio da Silva Filho, da 53ª DP (Mesquita), a linha mais forte da investigação aponta que Alves foi reconhecido como policial em área de tráfico. Dentro do Fox, estavam sua farda e um livro de Direito, carimbado com sua identificação de PM. A carteira funcional do cadete sumiu.

Pastor encontrado morto pode ter tentado ajudar cadete

Jorge Augusto, que era solteiro e não tinha filhos, integrava os quadros da corporação há sete anos e iria se formar aspirante em dezembro. Ele serviu como soldado no 39º BPM (Belford Roxo). Amigos do policial deixaram homenagens em sua página de relacionamentos na Internet. Ele gostava de publicar fotos com a farda da corporação. Em uma delas, aparece no desfile pelo Dia da Independência. Em seu enterro, ontem, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, estiveram presentes cerca de 200 pessoas.

A polícia investiga se há relação entre a morte do PM e do pastor Alexandro Lima, 37, que foi encontrado morto na mata que divide Mesquita e Nilópolis. Testemunhas contaram à polícia que a vítima caminhava pela Estrada Marechal Castelo Branco, quando foi atacada a tiros. Há informações de que o pastor teria visto o cadete sendo torturado, tentou intervir, mas acabou sendo morto pelos traficantes.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário