Frota do batalhão de aviação da BM tem mais da metade das aeronaves paradas. Atualmente, dos 14 aviões e helicópteros da Brigada Militar, apenas seis estão disponíveis para uso imediato
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Na foto, a aeronave do governador, o avião King, fabricado em 1998 Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Matheus Piovesan
Responsável pelo transporte de autoridades e de doentes que necessitem translado urgente ou especial, policiamento aéreo e salvamento de pessoas em risco, a frota do batalhão de aviação da Brigada Militar (BM) tem mais da metade de suas aeronaves em manutenção.
Atualmente, dos 14 aviões e helicópteros, apenas seis estão disponíveis para uso imediato.
O comandante do batalhão, tenente-coronel Carlos Alberto Selistre, garante que nenhuma emergência deixou de ser atendida, apesar de confirmar que a situação não é confortável.
Um especialista em aviação ouvido por Zero Hora também afirma que é incomum um percentual tão expressivo estar “fora de combate”. Há um projeto para aposentar 13 aeronaves, o que custaria cerca de R$ 70 milhões. Ficaria a salvo apenas o King Air B200, que é utilizado para transportar o governador Tarso Genro e outras autoridades.
Junto com um helicóptero de motor a pistão Schweizer, o avião oficial é uma das aquisições mais recentes: de 1998. Entre as máquinas está um monomotor datado de 1964 – atualmente em manutenção de rotina.
No ano passado, o batalhão recebeu R$ 5,5 milhões de recursos, utilizados em combustível, seguro e manutenção. O comandante-geral da BM no Estado, coronel Sergio Roberto de Abreu observa que o projeto do batalhão para renovar a frota é atualizado com regularidade porque “podem surgir licitações” para troca de aeronaves.
Abreu afirma que um helicóptero multimissão, por exemplo, conseguiria também atender a ocorrências de incêndios. As bolsas com água a serem despejadas no fogo são pesadas demais para serem usadas nas aeronaves disponíveis na corporação.
— Um helicóptero ideal para atender às demandas da Brigada, com maior refinamento técnico, custa cerca de R$ 12 milhões. Se perguntares se conseguimos atender às demandas hoje eu respondo: “Sim, conseguimos”. O que vai mudar é a tecnologia e talvez alguma facilidade. A velocidade maior, por exemplo, melhora o tempo-resposta para o socorro.
Helicóptero com autoridades sofreu uma pane neste ano
Em abril deste ano, um helicóptero que transportava o comandante-geral da BM e o secretário da Segurança Pública do Estado, Airton Michels, precisou fazer um pouso inesperado em Guaíba, após os pilotos perceberem que uma luz do painel havia apagado. Eles viajariam para Pelotas, onde participariam do enterro de um policial militar que morreu durante troca de tiros com assaltantes de banco em Dom Feliciano, no sul do Estado.
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