ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

PORTO ALEGRE INSEGURA

ZERO HORA 13 de janeiro de 2014 | N° 17672
EDUARDO ROSA E MAURICIO TONETTO


CAPITAL INSEGURA


Apenas cincos PMs em 19 ruas. Ao percorrer 145 quilômetros em dois turnos, reportagem constatou a carência de policiamento em diferentes regiões da cidade


Em cinco horas e meia de observação e 145 quilômetros percorridos, foram vistas pelas ruas e avenidas de Porto Alegre oito viaturas da Brigada Militar. Zero Hora passou por 19 vias em dois períodos nos dias 9 e 10 – na madrugada de quinta-feira e na manhã de sexta-feira. Havia apenas cinco policiais militares no trajeto, nenhum em motocicleta ou a cavalo.

Na edição de ontem, ZH mostrou que, em apenas um dia (3 de janeiro, uma sexta-feira), 58 pessoas foram assaltadas na Capital – uma média de um roubo a cada 25 minutos. Todas as vítimas entrevistadas criticavam a ausência de soldados da BM nas ruas.

O teste realizado pela reportagem não tem rigor científico, mas evidencia a falta de policiamento na cidade, uma das principais reclamações da população na área da segurança pública. A madrugada, período com menos pessoas e automóveis circulando, também é o que menos apresenta policiais. No horário da incursão de ZH, nem a Júlio de Castilhos, com trabalhadores iniciando a jornada e pessoas entrando em festas, nem a Independência, cheia de jovens em filas de boates, contavam com a presença de PMs. A escura Bagé e a movimentada Lima e Silva, por exemplo, estavam desguarnecidas.

Apesar de ter sido observado um efetivo maior durante o turno da manhã, a maior parte dos trechos percorridos não contava com PMs. Havia viaturas na Borges de Medeiros, na Dom Pedro II, na Carlos Gomes, na Osvaldo Aranha e na Ramiro Barcelos. Nesta última também estavam quatro PMs.

Nos dois últimos anos, testes semelhantes foram realizados por ZH. Em 2012, foram vistas quatro viaturas na madrugada – durante o dia, sete PMs a pé, quatro em motocicletas e dois a cavalo. No ano passado, foram quatro viaturas circulando com as luzes das sirenes acesas na madrugada e nenhum PM a pé. Concentrados principalmente na região central, 10 policiais estavam circulando ou parados em pontos com colegas à luz do dia. Foram vistos PMs em quatro carros e em quatro motocicletas.



EM 2010...



André Mags, Zero Hora, 20/11/2010 | 05h37min

Teste ZH: falta de policiamento noturno amplia sensação de insegurança na Capital. Em ronda por 10 vias da Capital durante uma hora e meia, ZH cruzou com três viaturas e um PM a pé. Apesar de ganhar cerca de mil novos policiais militares neste ano, a Capital ainda sofre com a falta de policiamento noturno, ampliando a sensação de insegurança entre moradores e trabalhadores. Ao repetir ronda noturna realizada entre o fim dos anos 90 e o começo dos anos 2000 em 10 das principais ruas e avenidas de Porto Alegre, Zero Hora detectou uma redução no efetivo. 

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