LETÍCIA COSTA*
CASO GABARDO. Promessa sem evolução
Familiares de jovem assassinado em Canoas, em 2005, ainda aguardam desarquivamento de inquérito
Passados 80 dias da reunião entre familiares do estudante universitário Mário Sérgio Gabardo, 20 anos, morto em setembro de 2005, e a cúpula da Polícia Civil gaúcha, a promessa de desarquivamento do inquérito sobre o caso ainda não deslanchou. Conforme o delegado responsável por analisar novamente a investigação, que não apontou suspeitos da morte em Canoas, não houve retorno da Justiça.
Marco Antônio Arruda Guns, titular da Delegacia de Homicídios de Canoas, disse que, ao ser encarregado de rever o inquérito, pediu autorização à Justiça para vista do documento que reúne toda investigação, arquivada pelo Ministério Público sem apontar o assassino. Mas o inquérito segue arquivado.
Em reunião com o delegado Guns, na última quinta-feira, o advogado do caso, Roberto Machado, disse ter sido informado que os autos do processo estão liberados para análise no Tribunal de Justiça. Mas, segundo ele, isso só seria feito após o dia 20 de janeiro, quando se encerra o recesso do judiciário estadual.
Consultada por Zero Hora, a assessoria do Tribunal de Justiça não soube informar a situação do processo.
Mário Sérgio Gabardo, 20 anos, foi morto com um tiro ao estacionar o carro na Rua Tomé de Souza, em Canoas, quando chegava para um churrasco entre amigos. Há oito anos, o pai, empresário Sérgio Mário Gabardo, 57 anos, clama por justiça em e-mails enviados à imprensa e autoridades. Em 22 de outubro do ano passado, conseguiu uma reunião a portas fechadas com representantes do governo estadual, como o secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels e o delegado Ranolfo Vieira Júnior, chefe da Polícia Civil.
– Disseram que, em 60 dias, iam dar um retorno para informar como estava andando o caso, mas ninguém nos procurou – reclama Gabardo, que é proprietário de uma empresa do ramo de transportes.
Gaúcho de Esteio, Afonso Rodrigues de Carvalho, presidente do Sindicato das Pequenas e Micro Empresas de Transporte Rodoviário de Veículos Novos de Goiás (Sintrave), disse acreditar que a morte foi um crime encomendado por diretores de empresas que formariam parte de uma máfia de cegonheiros. Segundo ele, no mesmo dia em que Mário Sérgio foi assassinado, seu pai teria recebido um aviso anônimo para não participar de uma concorrência no ramo de transportes em Minas Gerais.
Segundo o delegado Marco Antônio Arruda Guns, o ideal é que o caso tenha um fato novo para poder ser investigado após tantos anos. No entanto, Gabardo comenta que não há nenhuma informação nova, mas que a investigação foi malfeita na época, sem ouvir, por exemplo, pessoas próximas do jovem.
– Temos crimes que não se resolvem – comenta o delegado.
*Colaborou Lara Ely
CASO GABARDO. Promessa sem evolução
Familiares de jovem assassinado em Canoas, em 2005, ainda aguardam desarquivamento de inquérito
Passados 80 dias da reunião entre familiares do estudante universitário Mário Sérgio Gabardo, 20 anos, morto em setembro de 2005, e a cúpula da Polícia Civil gaúcha, a promessa de desarquivamento do inquérito sobre o caso ainda não deslanchou. Conforme o delegado responsável por analisar novamente a investigação, que não apontou suspeitos da morte em Canoas, não houve retorno da Justiça.
Marco Antônio Arruda Guns, titular da Delegacia de Homicídios de Canoas, disse que, ao ser encarregado de rever o inquérito, pediu autorização à Justiça para vista do documento que reúne toda investigação, arquivada pelo Ministério Público sem apontar o assassino. Mas o inquérito segue arquivado.
Em reunião com o delegado Guns, na última quinta-feira, o advogado do caso, Roberto Machado, disse ter sido informado que os autos do processo estão liberados para análise no Tribunal de Justiça. Mas, segundo ele, isso só seria feito após o dia 20 de janeiro, quando se encerra o recesso do judiciário estadual.
Consultada por Zero Hora, a assessoria do Tribunal de Justiça não soube informar a situação do processo.
Mário Sérgio Gabardo, 20 anos, foi morto com um tiro ao estacionar o carro na Rua Tomé de Souza, em Canoas, quando chegava para um churrasco entre amigos. Há oito anos, o pai, empresário Sérgio Mário Gabardo, 57 anos, clama por justiça em e-mails enviados à imprensa e autoridades. Em 22 de outubro do ano passado, conseguiu uma reunião a portas fechadas com representantes do governo estadual, como o secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels e o delegado Ranolfo Vieira Júnior, chefe da Polícia Civil.
– Disseram que, em 60 dias, iam dar um retorno para informar como estava andando o caso, mas ninguém nos procurou – reclama Gabardo, que é proprietário de uma empresa do ramo de transportes.
Gaúcho de Esteio, Afonso Rodrigues de Carvalho, presidente do Sindicato das Pequenas e Micro Empresas de Transporte Rodoviário de Veículos Novos de Goiás (Sintrave), disse acreditar que a morte foi um crime encomendado por diretores de empresas que formariam parte de uma máfia de cegonheiros. Segundo ele, no mesmo dia em que Mário Sérgio foi assassinado, seu pai teria recebido um aviso anônimo para não participar de uma concorrência no ramo de transportes em Minas Gerais.
Segundo o delegado Marco Antônio Arruda Guns, o ideal é que o caso tenha um fato novo para poder ser investigado após tantos anos. No entanto, Gabardo comenta que não há nenhuma informação nova, mas que a investigação foi malfeita na época, sem ouvir, por exemplo, pessoas próximas do jovem.
– Temos crimes que não se resolvem – comenta o delegado.
*Colaborou Lara Ely
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